A TERRITORIALIDADE DO CORPO AFRO-INDÍGENA BRASILEIRO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
THE TERRITORIALITY OF THE BRAZILIAN AFRO-INDIGENOUS BODY: SOME CONSIDERATIONS
DOI:
https://doi.org/10.5216/bgg.v42.72066Resumo
Este artigo se propõe a discutir a concepção de corpo-sujeito em Merleau-Ponty como possibilidade para analisar a territorialidade afro-indígena brasileira. Partimos da concepção de que os corpos dos religiosos afro-indígenas brasileiros produzem territorialidades. O corpo assume a característica de um território imediato da religiosidade. A espacialidade religiosa é aqui analisada pela categoria território. O texto abarca um debate teórico conceitual, partindo das percepções de campo da autora em terreiros de Candomblé nos estados do Rio de Janeiro. Consideramos que os corpos controlam, afetam e influenciam o espaço em que ocorre a gira ou xirê através dos gestos e movimentos. Dessa forma, o poder e a dominação do espaço (sua conformação simbólica) são dados pelas práticas culturais e religiosas mediante a ação dos orixás e entidades através incorporação.