GUERRA DO BRASIL À COVID-19: CRISE E NÃO CONFLITO—MÉDICOS E NÃO GENERAIS

BRAZIL’S WAR ON COVID-19: CRISIS, NOT CONFLICT—DOCTORS, NOT GENERALS

Autores

  • Matheus Pfrimer Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, matheuspfrimer@ufg.br
  • Ricardo Barbosa Jr University of Calgary, Calgary, Canadá, ricardo.barbosajr@ucalgary.ca https://orcid.org/0000-0002-2704-3110

DOI:

https://doi.org/10.5216/bgg.v40i01.64813

Resumo

Este trabalho apresenta primeiramente as formas pelas quais o governo do presidente Jair Bolsonaro emprega estratégias discursivas securitizadas que moldam a resposta nacional do Brasil à COVID-19 como uma questão de defesa e não de saúde pública. A partir disso, perguntamos: o que significa falar sobre o vírus e formas de enfrentá-lo através de enquadramentos de guerra? Argumentamos que o governo Bolsonaro enquadrou a pandemia da COVID-19 como uma ameaça extraterritorial, buscando criar estabilidade interna, ao mesmo tempo em que não conseguiu lidar com o assunto de maneira eficaz. Tais enquadramentos espaciais com motivação política inibem uma resposta efetiva no Brasil e representam uma séria ameaça à saúde pública. Uma vez que a COVID-19 foi securitizada, a resposta é enquadrada pela burocracia militar e não pelas autoridades de saúde pública, resultando em consequências perigosas.

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Publicado

2020-12-30

Como Citar

PFRIMER, M.; BARBOSA JR, R. GUERRA DO BRASIL À COVID-19: CRISE E NÃO CONFLITO—MÉDICOS E NÃO GENERAIS: BRAZIL’S WAR ON COVID-19: CRISIS, NOT CONFLICT—DOCTORS, NOT GENERALS. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 40, n. 01, p. 1–9, 2020. DOI: 10.5216/bgg.v40i01.64813. Disponível em: https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/64813. Acesso em: 22 dez. 2024.