A “CAPITALIZAÇÃO” DOS SETE PECADOS - OU SOBRE O PORQUÊ DE (DA) “SANTA CRUZ” NÃO ANULAR A MALDIÇÃO DOS PECADORES

THE “CAPITALIZATION” OF SEVEN DEADLY SINS – OR WHY (OF) “SANTA CRUZ” DOES NOT VOID THE CURSES OF SINNERS

Autores

  • Rosemere Santos Maia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

DOI:

https://doi.org/10.5216/bgg.v40i01.60361

Resumo

No presente artigo, colocamos o pecado em perspectiva.  Para tanto, voltamos nosso olhar para o bairro de Santa Cruz, situado na zona oeste da Cidade do Rio de Janeiro, que recebe insuficientes investimentos por parte do Poder Público, possui baixo IPS  (Índice de Progresso Social), sofre com o crescimento exponencial da violência urbana, é vítima da voracidade e da irresponsabilidade de grandes empresas instaladas na região, além de ter sua população tornada alvo de estigmas e preconceitos. Recorrendo, num primeiro momento e de forma breve, à Filosofia Aristotélica, à Teologia e à ética cristã- onde o pecado configura-se como uma categoria fundamental- e à Literatura (através da obra de Dante Alighieri) – demonstramos, ao longo do artigo, que  fenômenos /relações que marcam a contemporaneidade apresentam-se como uma nova roupagem dos pecados capitais clássicos. Ao abordarmos, em referência à Santa Cruz, cada um deles, a suposta dimensão social dos pecados é explicitada. Soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça são aqui tematizadas, levando-nos a concluir que os pecados sobre os quais discorremos longe estão de levar seus pecadores ao “inferno”. Em certa medida, de suas torres, bolhas ou castelos, continuam olhando enviesado ou com distanciamento para o bairro de Santa Cruz, contribuindo para mantê-lo invisível no contexto da Cidade.

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Publicado

2020-03-02

Como Citar

MAIA, R. S. A “CAPITALIZAÇÃO” DOS SETE PECADOS - OU SOBRE O PORQUÊ DE (DA) “SANTA CRUZ” NÃO ANULAR A MALDIÇÃO DOS PECADORES: THE “CAPITALIZATION” OF SEVEN DEADLY SINS – OR WHY (OF) “SANTA CRUZ” DOES NOT VOID THE CURSES OF SINNERS. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 40, n. 01, p. 1–28, 2020. DOI: 10.5216/bgg.v40i01.60361. Disponível em: https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/60361. Acesso em: 22 dez. 2024.