O CONTINENTE LIBERTÁRIO DA GEOGRAFIA

DESCONTINUIDADE NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO

Autores

  • José Vandério Cirqueira Instituto Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5216/bgg.v40i01.59892

Resumo

Na história da geografia acumulam-se múltiplas matrizes descontínuas à regularidade do saber científico e acadêmico oficial. Dentre elas, está o continente do pensamento e prática libertária. A historiografia oficial, ao narrar as manifestações teóricas do pensamento geográfico, privilegiou as contribuições de caráter ortodoxo, suprimindo, às vezes silenciando, ou mesmo negligenciando, demais concepções menos convencionais, tidas, neste trabalho, como heterodoxas. Em torno de personagens anarquistas clássicos da geografia, do final do século XIX e início do século XX, constituiu-se uma diversidade de produções de caráter não hegemônico do saber, nutrindo-se de heranças menos convencionais do passado, projetando reorganização paradigmática ou mesmo rupturas no presente. Esse corpo de ideais e de práticas telúricas de caráter libertário, constituídas no passado da geografia, se traduz, atualmente, no que hoje se convencionou denominar de geografia libertária. A fonte deste continente nasce das obras de Élisée Reclus, Léon Metchnikoff e Piotr Kropotkin, legando para o saber geográfico caudaloso fluxo de contribuição ainda pouco explorada. Um continente de ideias dissidentes, no bojo das descontinuidades discursivas da história da geografia.

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Biografia do Autor

José Vandério Cirqueira, Instituto Federal de Goiás

Professor do quadro permanente do Instituto Federal de Goiás, na cidade de Formosa. Doutor em geografia pela Universidade Federal Paulista - UNESP.

Publicado

2020-03-14

Como Citar

CIRQUEIRA, J. V. O CONTINENTE LIBERTÁRIO DA GEOGRAFIA: DESCONTINUIDADE NA HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO. Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 40, n. 01, p. 1–40, 2020. DOI: 10.5216/bgg.v40i01.59892. Disponível em: https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/59892. Acesso em: 22 dez. 2024.