Sistemas, caos e o processo de desertificação no Semiárido Brasileiro: complexidade e interações
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v14i1.57004Resumo
O pensamento sistêmico passou a se destacar a partir da metade do século XX, por volta de 1950, e reverberou seus preceitos em direção a todos os campos do conhecimento, inclusive na Geografia. Realizamos uma revisão teórica de parte da evolução desta noção no seio científico, incluindo questões ligadas à evolução da Teoria do Caos, pois ambos tornam-se complementares e importantes na compreensão do funcionamento dos sistemas complexos. Por se tratar de um trabalho de caráter teórico, foram realizadas discussões embasadas em vários autores, os quais tratam da complexidade tanto na perspectiva científica, quanto da complexidade das interações entre os sistemas sociais e ambientais, bem como da desertificação no semiárido. Tomamos como exemplo de sistema complexo e objeto de análise o semiárido brasileiro, ao elaborar discussões e tentativas de ilustração dessa relação através das dinâmicas socioambientais e espaciais associadas ao processo de desertificação que tem atingido essa área do país. Os principais resultados constatados revelam que este sistema é mantido por meio da interrelação de vários elementos, os quais o tornam complexo e apto a suportar as variações/inputs internos/externos que podem “abalar” sua estrutura de funcionamento. Contudo, devido às constantes reorganizações propiciadas pelos desmatamentos seculares, essas intervenções humanas têm gerado um padrão caótico que, se continuar sendo constantemente retroalimentado, pode conduzir todo o sistema semiárido ao estado de desintegração/colapso.
Palavras-chave: Pensamento sistêmico, Caoticidade, Não-linearidade, Complexidade, Caatinga.
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