O conceito de território e o fetichismo do poder- DOI 10.5216/ag.v4i2.9914

Auteurs-es

  • Lucas Maia UFG

DOI :

https://doi.org/10.5216/ag.v4i2.9914

Résumé

Este texto faz uma reflexão acerca da relação existente entre os conceitos de território e poder. Faz inicialmente uma discussão apresentando como o conjunto dos autores que se dedicaram à discussão do conceito de território o vêem como uma emanação do poder. Não existe, na leitura destes autores, formas de constituição de territórios que não sejam mediadas pelo poder. Denominamos esta interpretação de fetichismo do poder. O fetichismo consiste na perca por parte dos sujeitos tanto do controle sobre suas ações quanto da perda de controle sobre os produtos de sua criação. Na consciência fetichista, os produtos passam a ser os criadores. Para superar o fetichismo do poder, sugerimos a distinção entre territórios autoritários (mediados pelo poder) e territórios libertários (mediados pelo coletivismo, solidariedade e igualdade concreta). Constatamos que os territórios autoritários são banais em nossa sociedade ao passo que os libertários só se constituem em momentos de contestação da sociedade capitalista. Demonstramos que a relação entre poder e território não pode ser compreendida como unívoca ou necessária, mas tão somente como histórica e transitória. Da mesma forma que foi produzida historicamente, pode e deve ser superada com o desenrolar histórico das sociedades humanas.

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Publié-e

2010-05-13

Comment citer

MAIA, L. O conceito de território e o fetichismo do poder- DOI 10.5216/ag.v4i2.9914. Ateliê Geográfico, Goiânia, v. 4, n. 2, p. 169–189, 2010. DOI: 10.5216/ag.v4i2.9914. Disponível em: https://revistas.ufg.br/atelie/article/view/9914. Acesso em: 19 déc. 2024.

Numéro

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