Mobilidade espacial e arranjos domiciliares: uma tipologia para pensar processos de redistribuição populacional na Amazônia Central
DOI :
https://doi.org/10.5216/ag.v18i3.77850Résumé
O presente estudo tem por objetivo analisar e tipificar os arranjos espaciais associados a mobilidade e distribuição espacial da população na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, no estado do Amazonas. Foram usados dados qualitativos e quantitativos provenientes do Sistema de Monitoramento Demográfico e Econômico do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, levando em conta características e composição de unidades domésticas, segundo dados obtidos para 127 localidades e 954 residências. As análises nos levam a quatro arranjos domiciliares distintos associados à mobilidade espacial de indivíduos e de famílias: movimentos 1) permanentes (migração); 2) semipermanentes, sem mudança definitiva de endereço; 3) sazonais, relacionados aos processos produtivos, sazonalidade ambiental e busca por serviços no urbano e 4) entre membros de domicílios multilocalizados (dupla residência). Os resultados demonstram a importância do estudo das mobilidades analisadas para além do conceito de migração, aproximando as reflexões sobre populações em áreas protegidas ao debate mais geral sobre redistribuição da população e urbanização da Amazônia.
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