Romaria da Bíblia: narrativas de lutas, sonhos e religiosidades

Auteurs-es

  • Avacir Gomes dos Santos Silva Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura, Rondônia, Brasil, avacir.santos@unir.br https://orcid.org/0000-0003-0253-5140
  • Fernanda Alexandre Instituto Abaitará, Pimenta Bueno, Rondônia, Brasil, alexandre.fer@gmail.com

DOI :

https://doi.org/10.5216/ag.v18i2.77778

Résumé

A Romaria da Bíblia, que ocorre há 35 anos em São Felipe d`Oeste (RO), é um fenômeno do catolicismo popular, com nuances geográficas, políticas e culturais. Procuramos compreender esse fato relacionando-o à colonização e as hierofanias, que significaram “Água Santa” como espaço sagrado, de lutas e de resistências pela conquista da terra. Para metodologia da pesquisa recorremos aos procedimentos da etnografia e da história oral como técnica para sistematização das narrativas dos romeiros, colaboradores da pesquisa. Para a compreensão das relações entre os ritos, símbolos e significados da religião recorremos as contribuições teóricas de Durkheim (2008), como as formas de organização religiosa mantém a coesão social, Mircea (2010), a diferenciação entre espaço sagrado e profano, Rosendahl (1999 e 2018) as manifestações da cultura nos espaços sagrados e Santos Silva (2021), como o sagrado se manifesta por meio dahierofania.Dessa feita, consideramos que a romaria, por um lado, resultou da luta e da organização dos pequenos colonos. Por outro, a atuação dos agentes da Igreja Católica e as manifestações do sagrado foram fundamentais para legitimar as práticas religiosas. Nesta primeira metade do século XXI, as ritualizações, os símbolos e os significados, que foram sendo agenciados ao espaço da “Água Santa” e na celebração da Romaria da Bíblia mantêm vivos na memória dos romeiros o espírito de irmandade e fé cristã.

Palavras-chave: Romaria, Colonização. Espaço Sagrado. Religiosidade.

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Publié-e

2024-08-19

Comment citer

SANTOS SILVA, A. G. dos; ALEXANDRE, F. Romaria da Bíblia: narrativas de lutas, sonhos e religiosidades. Ateliê Geográfico, Goiânia, v. 18, n. 2, p. 275–300, 2024. DOI: 10.5216/ag.v18i2.77778. Disponível em: https://revistas.ufg.br/atelie/article/view/77778. Acesso em: 26 déc. 2024.

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