O represamento enquanto estratégia de apropriação territorial e controle hídrico
DOI :
https://doi.org/10.5216/ag.v18i2.77670Résumé
Ao longo dos últimos decênios, a bacia hidrográfica do rio São Marcos tem se destacado em produtividade advinda da agricultura irrigada. Uma característica ali marcante é a grande quantidade de represas particulares para fins de segurança hídrica, de forma a garantir a manutenção de commodities agrícolas por meio do uso de pivôs centrais. Em termos funcionais, as represas constituem a racionalidade estrutural do território, ao mesmo tempo em que promovem a apropriação hídrica e o controle de seu fluxo, bem como a ampliação do poder territorial. Ao mesmo tempo, o fator reservação da água se constitui como causa de conflito hídrico que se dá entre os integrantes de uma mesma classe produtiva: os irrigantes. Para a análise desse contexto, em termos metodológicos, recorreu-se à revisão bibliográfica e documental, além da análise de dados coletados em campo. Como resultados, o estudo evidencia a funcionalidade estratégica das represas particulares e as práticas territoriais que envolvem o domínio da água de um território sobre outro.
Palavras-chave: Alto rio São Marcos. Represas. Território. Agronegócio.
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