Os Karajá de Aruanã-GO e seus territórios restritos: biodiversidade reduzida, integridade abalada - DOI 10.5216/ag.v4i1.16684

Auteurs-es

  • Sélvia Carneiro de Lima UFG

DOI :

https://doi.org/10.5216/ag.v4i1.16684

Résumé

Quais são as estratégias de sobrevivência dos índios Karajá de Aruanã-GO diante da perda da biodiversidade do Cerrado e da fragmentação e redução de seus territórios? Essa é a questão central de discussão neste artigo. Os Karajá, ao longo dos séculos, viram seus territórios tradicionais reduzirem-se a três áreas fragmentadas e pressionadas pela pecuária e pelo turismo. A chegada dos primeiros colonizadores no território hoje conhecido por Goiás deu inicio ao processo que desencadeou a redução, fragmentação e perda dos territórios até então indígenas. A partir desse processo, atualmente, a fauna e a flora do Cerrado, um dos elementos básicos para manutenção da integridade física e cultural desses indígenas, foram se desvanecendo à sombra dos desmatamentos e de outras formas de degradação ambiental que assolam o município. Mergulhados, por um lado, na tradição que marca o rio Araguaia como o eixo central de sua cosmologia e, por outro, no ethos urbano de um município que atende as demandas do capitalismo global, aos Karajá cabe o enfrentamento dos inúmeros desafios a sua sobrevivência física e cultural. Diante disso, os Karajá têm articulado estratégias de desenvolvimento de novo significado para a sua produção artesanal e para o uso de seus territórios em um processo dinâmico que estabelece múltiplas trajetórias espaciais em busca dos recursos para a produção do artesanato destinado ao mercado. Nesta pesquisa priorizou-se a abordagem territorial pela via da discussão qualitativa, desenvolvida a partir de variados recursos teórico-metodológicos, cujo objetivo principal consistiu no diálogo com os sujeitos envolvidos.

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Publié-e

2011-12-26

Comment citer

DE LIMA, S. C. Os Karajá de Aruanã-GO e seus territórios restritos: biodiversidade reduzida, integridade abalada - DOI 10.5216/ag.v4i1.16684. Ateliê Geográfico, Goiânia, v. 4, n. 1, p. 84–115, 2011. DOI: 10.5216/ag.v4i1.16684. Disponível em: https://revistas.ufg.br/atelie/article/view/16684. Acesso em: 21 nov. 2024.

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