Avá-Canoeiro: guardiões do Cerrado do Norte Goiano - DOI 10.5216/ag.v4i1.16685
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v4i1.16685Resumen
O objetivo deste artigo é apresentar como o grupo indígena Avá-Canoeiro está inserido no contexto do Cerrado do norte goiano e a importância de sua reserva - 38 mil hectares - tornando assim os “Guardiões do Cerrado”. Ao considerar que o uso e a ocupação do Cerrado pela modernização do capital se deram em tempos, espaços distintos e heterogêneos, a região norte é a grande detentora da biodiversidade. Os povos indígenas de Goiás apresentam saberes e modalidades de uso de espécies do bioma que não comprometem a sua redução, tal como têm sido as atividades econômicas capitalistas. No caso específico dos Avá-canoeiro, além de sua cultura ecológica não ser de acumulação, a vastidão de sua terra, contrastando com a sua diminuta população, são fatores de preservação da biodiversidade. Os Avá-Canoeiro teriam 38 mil hectares se estivessem localizados no sul ou sudoeste goiano? Para esta pesquisa foram utilizados levantamentos bibliográficos e trabalhos de campo1. Os resultados baseiam-se em dois fatores – o da cultura ecológica dos Avá-Canoeiro junto com a posição do norte – são elementos que protegem a biodiversidade, mas não acabam com outros níveis de pressão, como é a participação do hidronegócio e de atividades minero-extrativistas.
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