Ameaças ao geopatrimônio do Carste e a perda da memória da Terra
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v17i3.75554Resumo
Os estudos relacionados à visão patrimonial da geodiversidade buscam compreender a Terra sob uma perspectiva holística associada à Teoria de Gaia. Um dos marcos dessa abordagem é a Declaração dos Direitos à Memória da Terra, elaborada em 1991 em Digne-le-Bains na França. Essa Declaração mostra a necessidade de conservarmos a memória do planeta que fica registrada nas rochas, solo, relevo, fósseis, enfim, nas paisagens. Nesse contexto o artigo tem por objetivo apresentar os impactos decorrentes das atividades antrópicas sob as paisagens cársticas, em especial, das atividades de mineração. Esses impactos causam danos ambientais e sociais, sendo que muitos deles levam a perda de patrimônio. Os geossistemas cársticos possuem importantes valores patrimonial, além de elevado valor econômico, sendo constantes alvos de atividades de mineração, não só do calcário, mas também de outros bens minerais associados a essas paisagens. Assim medidas que levem ao desenvolvimento sustentável de atividades promovidas no carste são urgentes e necessárias, bem como a valorização dessas paisagens por meio da difusão de sua importância e significado buscando garantir a conservação da memória da Terra.
Palavras-chave: Geodiversidade. Geopatrimônio. Carste.
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