Alfabetizar letrando: possibilidades para uma cartografia porosa
DOI:
https://doi.org/10.5216/ag.v14i2.58950Resumo
Este artigo objetiva contribuir para o debate sobre o sentido do significante cartografia escolar que, ora fixa-se na defesa do processo de alfabetização, ora no de letramento, como se fossem processos incomunicáveis e totalizantes. Assumindo os fundamentos da Teoria do Discurso, nossa proposição aqui é a da articulação em detrimento da dicotomização desses conceitos, defendendo o sentido de alfabetizar letrando. Trata-se de uma proposta que parte da compreensão de que o processo de letramento vai além, e não contra o entendimento de alfabetização. Na bibliografia dominante, a alfabetização cartográfica é compreendida como um processo específico e imprescindível, que exige um trabalho metodológico e didático-pedagógico para se ensinar a lógica do sistema cartesiano do mapa, ao passo que o letramento estaria atrelado ao domínio e uso social das linguagens cartográficas. Defendemos aqui uma ação pedagógica sob a perspectiva do alfabetizar letrando, que desloca a ênfase habitual da localização espacial como centro do processo, criando condições para uma cartografia porosa que permita aos alunos se apropriarem da linguagem cartográfica também como práticas socioespaciais de significação.
Palavras-chave: Cartografia escolar, alfabetizar letrando, linguagem cartográfica, práticas socioespaciais de significação.
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