O CORO COMO AGENTE TRANSFORMADOR DO ESPAÇO NA ENCENAÇÃO DA ÓPERA ORFEU E EURÍDICE DE GLUCK

Autores/as

  • Alexandre Lautert Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5216/ac.v6i1.62450

Resumen

Em 2019, o Núcleo de Ópera da Escola de Música e Belas Artes do Paraná/UNESPAR encenou a ópera Orfeu e Eurídice (1762), de Christoph Willibald Gluck. Este artigo aborda a proposta de encenação e o processo de criação da montagem, que buscou integrar o coro com a cenografia por uma série de ações para a constante transformação do espaço da cena. Retomando aspectos dos antigos coros de teatro grego, onde os integrantes tinham a tripla função de narrar, cantar e dançar, e considerando a dança em sentido amplo, segundo Cláudia Andrade (abrangendo expressão corporal, ações diversas e movimentos em geral), buscou-se que o coro desenvolvesse ações significativas em interação com os objetos cênicos. Ao manipulá-los de diversas formas, o coro atuou como agente transformador do espaço, por vezes, inclusive, se confundindo com a cenografia. Para atingir este resultado, foi necessário desenvolver um trabalho de autoconhecimento e experimentação corporal com os integrantes do coro, a fim de expandir os limites do corpo e as habilidades de cantar e realizar diferentes ações simultaneamente.

Palavras-chave: Coro; Ópera; Cenografia; Movimento; Corpo.

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Biografía del autor/a

Alexandre Lautert, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.

Especialista em Artes Híbridas pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Estadual do Paraná - Faculdade de Artes do Paraná (UNESPAR - FAP).

Citas

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Publicado

2020-07-25

Cómo citar

LAUTERT, A. O CORO COMO AGENTE TRANSFORMADOR DO ESPAÇO NA ENCENAÇÃO DA ÓPERA ORFEU E EURÍDICE DE GLUCK. Arte de la Escena, Goiânia, v. 6, n. 1, 2020. DOI: 10.5216/ac.v6i1.62450. Disponível em: https://revistas.ufg.br/artce/article/view/62450. Acesso em: 24 nov. 2024.