Montando e desmontando

Quem são e como atuam os riggers circenses?

Autores

  • João Gabriel Baptistotti Nunes Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1882-1264
  • Marco Antonio Coelho Bortoleto Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5216/ac.v7i1.68955

Resumo

O circo – com destaque para as modalidades aéreas – vem ganhando espaço no Brasil. São poucas as investigações que analisam o rico e os acidentes no contexto circense de modo que o objetivo foi debater a formação dos responsáveis pela instalação dos aparelhos aéreos e descrever as ancoragens. Este estudo exploratório-descritivo teve dois instrumentos de coleta de dados: um questionário semiestruturado e o registro fotográfico das ancoragens. Os dados foram analisados a partir da Análise de Conteúdo e da Estatística Descritiva. Os achados indicam a escassez de formação específica e regulamentação dos equipamentos e processos dentro do circo. Assim, se faz importante a implementação de políticas públicas/normatização específica que favoreçam a qualificação profissional e a elaboração protocolos de trabalho no âmbito da segurança no circo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Gabriel Baptistotti Nunes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil.

Bacharel e Licenciado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Membro do Grupo de Pesquisa em Circo. Membro do Grupo Ginástico Unicamp (GGU).

Marco Antonio Coelho Bortoleto, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil.

Graduado (Licenciatura Plena) em Educação Física pela Universidade Metodista de Piracicaba (1997), Mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2000), Doutorado pela Universidade de Lleida (2004) no Instituto Nacional de Educação Física da Catalunha (INEFC) na Espanha (2004) e Livre Docente (Professor Associado) FEF-UNICAMP (2016). Realizou Estágio de Pós-doutorado na Faculdade de Motricidade Humana (FMH) da Universidade de Lisboa (Portugal) (2010-2011) e na Universidade de Manitoba (Canadá, 2018). Professor visitante na Universidad A Coruña (Espanha) em 2011 e na Universidad de La Plata (Argentina, 2017). Professor de Acrobacia na Escola de Circo de Barcelona (Espanha, 2001-2005). Casado e pai da Leticia e da Alicia! Atualmente é Professor MS5 (Livre Docente / Associado) do Departamento de Educação Física e Humanidades (DEFH) da Faculdade de Educação Física da UNICAMP. Membro do Comitê de Ginástica para Todos (GPT 2012-2020) e da Comissão de Educação (2017-20) da Federação Internacional de Ginástica (FIG).

Referências

ALMEIDA, Armando; NETO, Carlos Beyrodt Paiva. Fomento à cultura no Brasil-desafios e oportunidades. Políticas Culturais em Revista, Salvador, v. 10, n. 2, p. 35-58, 2017.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições, v. 70, 2011.

BARRETO, Lua. Saltimbancos contemporâneos – seu aprendizado, suas escolhas e expectativas. Goiânia: Espaço Acadêmico, 2018.

BOLLING C, MELLETTE J, PASMAN HR, et al. From the safety net to the injury prevention web: applying systems thinking to unravel injury prevention challenges and opportunities in Cirque du Soleil. BMJ Open Sport & Exercise Medicine, 2019.

BORTOLETO, M. A. C. Capítulo 3.2. Perception du risque et causes d’accidents, un challenge permanent dans l’éducation des artistes brésiliens. IN: GOUDARD, Philippe Goudard; BARRAULT, Denys (org.). Médicine et Cirque, 2020.

BORTOLETO, M. A. C. O circo na periferia da universidade brasileira. In: SESC - São Paulo. (Org.). Circos - Festival Internacional Sesc de Circo. 1ed. São Paulo: SESC, 2015, v. 1, p. 24-37.

BORTOLETO, M. A. C.; CALÇA, D. H. O tecido circense: fundamentos para uma pedagogia das atividades circenses aéreas. Conexões, v. 5, n. 2, 2007.

CONFEA, Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Resolução Nº 218, de 29 jun 1973. Disponível em: < http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=266&idTipoEmenta=5&Numero=>. Acesso em: 05 out 2019.

DUPRAT, R. M.; ONTAÑÓN, T. B.; BORTOLETO, M. A. C. Atividades circenses. Ginástica, dança e atividades circenses. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, V. 3, 2014.

DUPRAT, Rodrigo Mallet. Realidades e particularidades da formação do profissional circense no Brasil: rumo a uma formação técnica e superior. Tese (doutorado – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física. Campinas, 2014.

FEDEC, Fédération européenne des écoles de cirque professionnelles. Manual de instrução das artes circenses. Tradução: CIRCO CRESCER E VIVER. Disponível em: <http://crescereviver.org.br/manual-de-instrucao-das-artes-circenses/>. Acesso em: 16 mar. 2018.

FERREIRA, Diego Leandro; BORTOLETO, Marco Antonio Coelho; SILVA, Ermínia. Segurança no circo: questão de prioridade. Várzea Paulista: Fontoura, 2015.

FULLER, Colin; DRAWER, Scott. The application of risk management in sport. Sports medicine, v. 34, n. 6, p. 349-356, 2004.

KRIELLARS, D. J.; CAIRNEY, J.; BORTOLETO, M. A.; KIEZ, T. K.; DUDLEY, D.; AUBERTIN, P. The Impact of Circus Arts Instruction in Physical Education on the Physical Literacy of Children in Grades 4 and 5. Journal of Teaching in Physical Education, v. 38, n. 2, p. 162-170, 2019.

MANDELL, Carolina Hamanaka. Circo: risco, performatividade e resistência. São Paulo: Sala Preta, v. 16, n. 1, p. 71-81, 2016.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MENDONÇA, Gabriel Coelho. Quando o chão não basta: reflexões sobre a virtuose acrobática em uma criação aérea circense. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes. Campinas, 2016.

NORMA BRASILEIRA. ABNT NBR ISSO 31000. Disponível em: < https://gestravp.files.wordpress.com/2013/06/iso31000-gestc3a3o-de-riscos.pdf>. Acesso em: 05 out. 2019.

PETZL. Anneau – open loop sling (technical information). Disponível em: < https://www.petzl.com/INT/en/Professional/Anchors/ANNEAU>. Acesso em: 01 nov. 2019.

PETZL. Carabiners (technical information). Disponível em: < https://www.petzl.com/INT/en/Sport/Carabiners-and-quickdraws/OK>. Acesso em: 01 nov. 2019.

PRODANOV, Cleber Cristiano; DE FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2ª ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

ROCHA, Gilmar. Circo no Brasil – Estado da Arte. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais. BIB, v. 70, p. 51-70, 2010.

SHRIER, Ian et al. Injury patterns and injury rates in the circus arts: an analysis of 5 years of data from Cirque du Soleil. The American Journal of Sports Medicine, v. 37, n. 6, p. 1143-1149, 2009.

SILVA, Erminia. O novo está em outro lugar. Palco Giratório: Rede Sesc de Difusão e Intercâmbio das Artes Cênicas. Rio de Janeiro, p. 12-21, 2011.

STUBBE, Janine H.; RICHARDSON, Angelo; VAN RIJN, Rogier M. Prospective cohort study on injuries and health problems among circus arts students. BMJ Open Sport & Exercise Medicine. V. 4, n. 1, p. e000327, 2018.

THOMAS, Jerrry et al. Métodos de Pesquisa em Atividade Física. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.

NORMA BRASILEIRA. ABNT NBR ISSO 31000. Disponível em: < https://gestravp.files.wordpress.com/2013/06/iso31000-gestc3a3o-de-riscos.pdf>. Acesso em: 05 out. 2019.

Downloads

Publicado

2021-07-29 — Atualizado em 2021-07-30

Versões

Como Citar

BAPTISTOTTI NUNES, J. G.; ANTONIO COELHO BORTOLETO, M. Montando e desmontando: Quem são e como atuam os riggers circenses?. Arte da Cena (Art on Stage), Goiânia, v. 7, n. 1, p. 418–437, 2021. DOI: 10.5216/ac.v7i1.68955. Disponível em: https://revistas.ufg.br/artce/article/view/68955. Acesso em: 28 mar. 2024.