COEXISTÊNCIAS SELVAGENS

Imprevisto e Craniomancia na Criação Performativa

Autores

  • Mateus Scota Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil,mateus_scota@yahoo.com
  • Bianca Scliar Cabral Mancini Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, bibimove@gmail.com

DOI:

https://doi.org/10.5216/ac.v9i1.76144

Resumo

Neste ensaio procuramos articular problemas próprios da política cósmica (coletiva) da cena e da performance frente a presença de sujeitos não hegemônicos nos discursos das artes vivas – os animais. Para isso, partimos da reflexão sobre o imprevisto durante a realização da videoperformance Carcaça (2020) na Praia XXXXX (XXXXXX, XX) para resgatar aspectos periféricos das relações humano-animais como a ausência de protocolos de relacionalidade e a maneira como tal ausência opera em condições de cooperação na constituição de uma obra artística. Neste sentido, nosso escrito procura dar ênfase às generalidades contra as quais as práticas artísticas se voltam e que constituem a maior parte das relações interespecíficas – as coexistências humano-animais selvagens. A ausência de protocolos de relacionalidade introduzem na prática artística e pedagógica da performance outros tempos e outras maneiras assimétricas de estar entre corpos, paisagens e acontecimentos imprevistos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BEUYS, Joseph. I like America and America Likes Me. 1974. Performance. Galeria René Block, Nova York.

BISHOP, Claire. The Moose. 1972. Poema. Disponível em: https://www.poetryfoundation.org/poems/48288/the-moose-56d22967e5820. Acesso em: 11 out. 2021.

COMPAGNIE SHANJU. Présentation du lieu de vie et de travail de ShanjuLab, 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=l6c33x0h6UY&t=167s. Acesso em: 27 jun. 2021.

DERRIDA, Jacques. O animal que logo sou. Tradução Fábio Landa. São Paulo: Editora UNESP, 2002.

FAUSTO, Juliana. A Cosmopolítica dos Animais. São Paulo. N-1 Edições & Hedra: 2020.

FISCHER-LICHTE, Erika. Estética de lo Performativo. Tradução Diana González Martín e David Martínez Perucha. Abda Editores: Madri, 2011.

GALERIE photos Perspectives. Disponível em: https://lab.shanju.ch/projets/shanjulab/perspectives/galerie-photos-perspectives/. Acesso em: 04 set. 2021.

GROSZ, Elizabeth. Chaos, Territory, Art: Deleuze and the Framing of the Earth. Columbia University Press, 2008.

MARIA, Walter de. Lightning Field. 1977. Instalação land art. Planície desértica do Novo México. Disponível em: https://www.bolsadearte.com/oparalelo/walter-de-maria. Acesso em: 13 jan. 2022.

MASSUMI, Brian. The Supernormal Animal. In: The Nonhuman Turn. Organização e edição de Richard Grusin. Minneapolis: Editora da Universidade de Minnesota, 2015. pp. 1-19.

RIDOUT, Nicholas. Stage Fright, Animals, and Other Theatrical Problems. Nova York: Cambridge University Press, 2006.

XXXXXXX, xxxxxx. Carcaça. 2020. Videoperformance. Obra exposta junto à Exposição XXXXXXXXXXX. XXXXXXXXXXX, XXXXXXX, XXXXXXX, XX, Brasil. Disponível em: XXXXXXXXXXXX. Acesso livre.

SHANJULAB, 2021. Disponível em: https://lab.shanju.ch/a-propos/le-lab/. Acesso em: 16 jun. 2021.

THE Square. 2017. Ruben Östlund. Longa Metragem. Pandora Filmes.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da Alma Selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

Downloads

Publicado

2023-12-10

Como Citar

SCOTA, M.; SCLIAR CABRAL MANCINI, B. COEXISTÊNCIAS SELVAGENS: Imprevisto e Craniomancia na Criação Performativa. Arte da Cena (Art on Stage), Goiânia, v. 9, n. 1, p. 089–116, 2023. DOI: 10.5216/ac.v9i1.76144. Disponível em: https://revistas.ufg.br/artce/article/view/76144. Acesso em: 27 abr. 2024.