Repensando Estados de Corpo a Partir de Poéticas Populares e Afro-Ameríndias
DOI:
https://doi.org/10.5216/ac.v8i2.75214Resumo
As políticas afirmativas nas universidades brasileiras vem gerando a inserção de conhecimentos e culturas afro-ameríndias nos últimos anos alterando a paisagem do ensino superior. Tal presença leva a pensar como as pesquisas relacionadas a práticas pedagógicas em dança se tornaram um lugar de emergência de novas maneiras de pensar e de fazer dança. Apresento neste artigo revisão de conceitos a partir de experiências com estudantes de graduação, por meio de abordagem de pesquisas estimuladas por criações em dança ancoradas em histórias de vida de discentes baseadas em investigações impulsionadas por estados do corpo. A partir da análise de suas compreensões sobre estados de corpo a partir de solos gerados com o Toré Potiguara, o Benzimento e o Cavalo Marinho proponho uma possível abordagem para se pensar poéticas populares e afro-ameríndias. Assim, poéticas e corporalidades reelaboram o Toré como ritual e arma na luta pela terra, a Reza como jogo de forças com seres invisíveis e o Breaking na relação com o Cavalo Marinho como a atualização de enfrentamentos jocosos pautados por relações de gênero.
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