Eu não sou esgoto do gozo alheio
DOI:
https://doi.org/10.5216/ac.v7i2.70233Resumo
Este artigo emerge do desejo de partilhar os processos e os procedimentos que resultaram na performance Eu não sou esgoto do gozo alheio. Esta célula de movimento integra o videodança Terrorismo poético: Pequenas ações para encantar a quebrada, do grupo Fragmento Urbano (Guaianases, São Paulo/SP). Como fio condutor deste processo criativo, o aborto e a prática de stealthing permearam as reflexões, as práticas e a criação, amarradas em experiências pessoais, bem como, das mulheres negras da minha família. Entre as pretagogias do percurso estão a improvisação em dança, diários de bordo e registros através de imagens e vídeos. Como resultado, está a apresentação no 13º Visões urbanas: Festival internacional de dança em paisagens urbanas. Relatos de amigas e notícias veiculadas pelas mídias, também auxiliaram a abordar este assunto de maneira, crítica, sensível e poética, na tentativa de ressignificar violências e traumas em dança e possibilidades de cura.
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