BRUXAS, SANTAS, LOUCAS, VELHAS, MENINAS, “BELAS, RECATADAS E DO LAR”: REPRESENTAÇÕES E IMAGINÁRIO FEMININO NOS DISCURSOS DE MÍDIA NA ATUAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.5216/ac.v3i1.46182Palavras-chave:
atuação, imagens arquetípicas, feminino, política, perfopalestraResumo
Este artigo constitui-se na dramaturgia de uma perfopalestra elaborada por mim no ano de 2016 que pretendia estabelecer questões tangentes à criação da cena Benigna (um dos campos de experimentação de minha pesquisa de doutoramento) sobre a história da Menina Benigna. Ela foi assassinada aos 13 anos em 1941, após uma tentativa de estupro, em Santana do Cariri (Ceará). Após o fato, foi acolhida pela religiosidade local como “Heroína da Castidade”. No decorrer do processo de criação da cena, surgem imagens que têm invadido o cotidiano com representações do feminino e de mulher na mídia nacional, através dos costumes e crenças que contaminam a política do Brasil. Na comunicação, três personagens – Dilma, Marcela e Benigna – são entrecruzadas com as imagens arquetípicas atribuídas a elas pelos discursos midiáticos. Busco apontar, de forma breve, as formas de coerção feminina que têm se enraizado nessa veiculação, a restrição dos espaços de circulação dessas personagens e alguns discursos de atuação que já exerceram restrições específicas de gênero sobre o corpo de atrizes, na elaboração de uma perfopalestra que transite entre a dança e o teatro.
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