ESTUDO DOS CANAIS E DAS MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO DE CARNES EM GOIÂNIA – GOIÁS, 1972

Autores

  • João Basílio C. Seraphim EMGOPA
  • Alberto M. Rezende UFV
  • Sérgio A. Brandt UFV
  • Alexandre A. Neto UFV
  • Zezuca P. da Silva UFG

Resumo

O objetivo do estudo é o de analisar o sistema de comercialização de carnes no mercado de Goiânia, durante o ano de 1972, utilizando fluxogramas de canais de mercado e estimativas das margens de comercialização. Goiânia é o mais importante centro consumidor do Estado de Goiás. Para atender o consumo dos seus 474.000 habitantes foram comercializadas em 1972 nada menos do que 8.394 toneladas de carne bovina, 2.167 toneladas de carne suína e 1.474 toneladas de carne de frango de corte. A pesquisa foi desenvolvida em 1973, nas cidades de Goiânia, Inhumas e Trindade, no Estado de Goiás, utilizando a metodologia “survey”, em entrevista direta junto à Delegacia Regional da SUNAB e aos frigoríficos, matadouros e abatedouros, foram coletadas as informações necessárias ao desenvolvimento do presente estudo, tais como: a) as quantidades de carne bovina, suína e de frango de corte consumidas na Capital do Estado, em 1972; b) os preços dessas carnes, ao nível do produtor, no atacado e no varejo; c) os percentuais relativos às quantidades de cada uma dessas carnes, segundo os destinos tomados na comercia1ização;d) as perdas verificadas no transporte; e) os rendimentos de carcaças e subprodutos; f) os equipamentos utilizados no transporte da matéria prima e na distribuição do produto. A comercialização das carnes bovina, suína e de frango de corte, em Goiânia, é feita diretamente dos frigoríficos e abatedouros para os varejistas, assumindo, então, essas instituições as funções de atacadistas. Há casos, no entanto, em que o produto é vendido diretamente ao consumidor final, sem passar pelo retalho. De acordo com os resultados da pesquisa, chegou-se às seguintes conclusões: a) aproximadamente 38% do peso vivo do bovino, ou 76% do peso da carcaça, mais 6% do peso vivo ou 12% do peso dos subprodutos, devem chegar ao consumidor, respectivamente, na forma de carne e de subprodutos comestíveis; b) cerca de 80% do peso vivo do suíno deve chegar ao consumidor, na forma de carcaça e de subprodutos comestíveis; c) aproximadamente 80% do peso vivo do frango de corte destina-se ao consumidor, na forma de carcaça e de subprodutos comestíveis; d) vendendo diretamente para os retalhistas, as instituições industriais das carnes bovina, suína e de frango de corte, assumem também as funções de atacadista; e) as indústrias das carnes bovina e de frango de corte realizam “integração vertical”; f) a margem de comercialização para carne bovina é de 39%, cabendo 29% ao varejista e 10% ao atacadista, ficando o produtor com 61% do preço pago no varejo; g) a margem de comercialização para a carne de frango de corte é de 42%, importando ao varejista a margem de 7% e ao atacadista a de 35%, sobrando ao produtor, 58% do preço ao nível do varejo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

25-10-2007

Como Citar

SERAPHIM, J. B. C.; REZENDE, A. M.; BRANDT, S. A.; A. NETO, A.; SILVA, Z. P. da. ESTUDO DOS CANAIS E DAS MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO DE CARNES EM GOIÂNIA – GOIÁS, 1972. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 4, n. 1, p. 13–39, 2007. Disponível em: https://revistas.ufg.br/pat/article/view/2152. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigo Científico