Língua Brasileira de Sinais no ensino profissional e superior: o lugar da Libras no IFSP
DOI:
https://doi.org/10.5216/rs.v7.74339Palavras-chave:
Libras; Rede Federal; Ensino Profissional; Ensino SuperiorResumo
Nos últimos 20 anos, importantes passos foram dados para favorecer a inclusão e acessibilidade da/à comunidade surda no Brasil. Tal visibilidade foi também impulsionada pela lei de Libras em 2002 e do decreto que a regulamenta, em 2005, que, dentre outras providências, inclui a Libras como disciplina curricular obrigatória nas licenciaturas e como optativa no ensino profissional e superior. Após o decreto, havia a expectativa de que a inclusão curricular traria impactos positivos para os surdos e sua educação. Agora, 17 anos depois, cumpre saber o lugar da disciplina nas instituições de ensino. Este artigo apresenta um mapeamento da oferta da disciplina na rede federal de ensino básico, técnico e tecnológico do estado de São Paulo, especificamente no IFSP, que apresenta a maior oferta de cursos no país na referida rede. Para tanto, foram analisadas as estruturas curriculares dos cursos, disponíveis na íntegra nos sites dos campi. A análise não envolveu observação do conteúdo programático, métodos de aprendizagem ou percepção dos discentes. Os resultados indicam que 72% dos cursos oferecem a disciplina de Libras. Em cumprimento ao decreto, a disciplina é obrigatória nos cursos de licenciatura. Também é obrigatória nos cursos de pós-graduação lato sensu na área de ensino. Embora a carga horária, em média restrita a um semestre de 33 horas, talvez não seja a ideal e os resultados não permitam avaliar o impacto da disciplina na formação dos estudantes, entende-se que a inclusão do componente contribua para, ao menos, dar mais visibilidade à comunidade surda e sua língua.
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