A língua de sinais como segunda língua na Austrália: uma entrevista com Louisa Willoughby

Autores

Palavras-chave:

Auslan; segunda língua; aprendizes ouvintes.

Resumo

Devido ao incentivo da legislação, com a Lei nº. 10.436 (BRASIL, 2002), desde 2002 há no Brasil importantes políticas linguísticas sendo desenvolvidas em prol da inclusão das pessoas surdas. Uma dessas políticas é a vertente pedagógica do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como uma segunda língua (L2) para pessoas ouvintes. Essa área, apesar de apresentar incipiência de arcabouço teórico-metodológico, tem trazido contribuições substanciais à prática pedagógica. Na Austrália, todavia, o mesmo não ocorre, já que o desenvolvimento tecnológico (e o uso expressivo do implante coclear) e a abordagem oralista têm prevalecido em detrimento da educação bilíngue para surdos. É nesse contexto que a professora doutora Louisa Willoughby — da Universidade Monash, em Melbourne — tem desenvolvido estudos sobre a Australian Sign Language (Auslan), língua australiana de sinais como L2, para ouvintes. Neste trabalho, temos o objetivo de apresentar a entrevista realizada em 2021 com ela, de modo que suas afirmações possam ser comparadas ao estado da arte da Libras como L2. Assim, esperamos que os leitores observem semelhanças e diferenças de acordo com os conhecimentos já socializados pela área.

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Publicado

2022-10-20

Como Citar

DA SILVA, L.; GAIA, S. A língua de sinais como segunda língua na Austrália: uma entrevista com Louisa Willoughby. Revista Sinalizar, Goiânia, v. 7, 2022. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revsinal/article/view/72828. Acesso em: 16 abr. 2024.

Edição

Seção

Entrevista