Reflexões acerca do fazer ético e ativo dos intérpretes envolvendo línguas de sinais
DOI:
https://doi.org/10.5216/rs.v6.62943Palavras-chave:
Ética profissional. Intérpretes de/entre/para línguas de sinais. Reflexões.Resumo
Este artigo tende a ombrear-se a alguns estudos já existentes quanto aos dizeres éticos profissionais em consonância com a operacionalização prática dos intérpretes de/entre/para línguas de sinais frente às inúmeras demandas que o trabalho exige. Para tanto, são apresentadas três situações interpretativas: uma em contexto educacional superior, outra em ambiente jurídico em moldes de julgamento e, por fim, em atendimento clínico. Todas estão localizadas em um circunscrito factível a ocorrer com pessoas surdas, necessitando, portanto, de mediação. Buscamos ponderar, a partir das problematizações encontradas em cada um dos três eixos, como os intérpretes poderiam agir e se portar perante os dilemas vivenciados e, mesmo assim, (tentar) manter uma postura ética, reflexiva e atual que não comprometa o seu desempenho e que não prejudique ou não perturbe a relação estabelecida entre os agentes fonte e alvo.
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