Traduzindo o dialeto do personagem chico bento do Português para libras por meio da Elis

Autores

  • Aline Alkmin Camargo Spicacci Universidade Federal de Goiás (UFG). Goiânia, Goiás, Brasil
  • Mariângela Estelita Barros Universidade Federal de Goiás (UFG). Goiânia, Goiás, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5216/rs.v3i1.51152

Palavras-chave:

Tradução. Libras. ELiS. Chico Bento.

Resumo

Este artigo descreve o trabalho de tradução de duas tirinhas do personagem Chico Bento, de Maurício de Sousa, do português para a Libras, por meio da escrita ELiS, sistema criado por Barros. A partir de reflexões de teóricos da tradução e um diagnóstico de Senghas, Kita e Özyurek sobre a Língua de Sinais Nicaraguense emergente, que serviu de referência para as nossas soluções tradutórias, traçamos um paralelo entre o dialeto do personagem Chico Bento e o dialeto dos surdos da Nicarágua, pois tanto um como outros se encontram em situação de isolamento em relação à cultura dominante. Na Nicarágua os surdos produzem sinais mais icônicos, com uso recorrente de classificadores, que foram igualmente utilizados pelo personagem Chico Bento em nossas traduções.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Aline Alkmin Camargo Spicacci, Universidade Federal de Goiás (UFG). Goiânia, Goiás, Brasil

Graduada em Artes Visuais - Design Gráfico pela Universidade Federal de Goiás - UFG (2010) e graduada em Letras: Tradução e Interpretação em Libras/Português pela UFG (2017). Tem formação básica em LIBRAS (níveis I ao V), em INTÉRPRETE DE LIBRAS (níveis I e II) e em PORTUGUÊS PARA SURDOS pelo CAS (Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento ao Surdo). Atualmente, está finalizando a dissertação para ser mestra em Estudos da Tradução pela Universidade de Brasília - UnB (2018).

Mariângela Estelita Barros, Universidade Federal de Goiás (UFG). Goiânia, Goiás, Brasil

Possui graduação em Letras Hab Ing Port Lic e Bach pela Universidade Federal de Goiás (1992), mestrado em Letras e Lingüística pela Universidade Federal de Goiás (1997) e doutorado em Lingüística pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008), pós-doutorado pela University of Chicago (2015). Atua no ensino superior desde 1994 nas áreas de linguística, língua de sinas e línguas estrangeiras. Atua principalmente nos seguintes temas: ELiS, escritas de Línguas de Sinais, aquisição de língua escrita, Libras, linguística e educação de surdos. Criadora do sistema brasileiro de escrita das Línguas de Sinais ELiS. Diretora do LALELIS - Laboratório de Leitura e Escrita em Língua de Sinais

Referências

BARBOSA, Heloisa Gonçalves. Procedimentos técnicos da tradução: Uma nova proposta. Campinas: Pontes, 1990.

BARROS, Mariângela Estelita. ELiS: Sistema brasileiro de escrita das línguas de sinais. Porto Alegre: Penso, 2015.

BESSA, Cristiane Roscoe. A tradução-substituição. Brasília: Editora do Centro, 2010. BRITTO, Paulo Henriques. A tradução literária. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2012.

CARNEIRO, Bruno. “Corpo e classificadores nas línguas de sinais”. Revista Sinalizar, v.1, n.2, p. 118-129, jul./dez. 2016.

EMMOREY, K.. (Ed) Perspectives on classifer constructions in signed languages. Mahwah, N.J. : Lawrebce Erlbaum Associates, 2003. p. 221-246. Disponível em: https://academic.oup.com/jdsde/article/9/3/345/508608 Acesso em 10 abr. 2018.

FELIPE, Tanya A. Libras em contexto: Curso básico. Rio de Janeiro: WalPrint Gráfica e Editora, 2007.

GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? : Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.

LEDERER, M.. La Traduction Aujourd'hui: Le Modèle Interprétatif. Paris: Hachette, 1994.

MUNDAY, Jeremy. Introducing translation studies: theories and applications. Londres: Routledge, 2012.

NORD, Christiane. Text analysis in translation : Theory, Methodology, and Didactic Application of a Model for Translation-Oriented Text Analysis. Amsterdam/New York: Rodopi, 1991.

OUSTINOFF, Michaël. Tradução: histórias, teorias e métodos. Trad. Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2011.

RÓNAI, Paulo. A tradução vivida. Coleção Logos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.

SENGHAS, A., S. KITA, and A. ÖZYÜREK (2004). “Children creating core properties of language: evidence from an emerging sign language in Nicaragua”. Science, 305: 5691, 1779-1782. 17 de set. 2004.

SOUZA, Mauricio. Site da Turma da Mônica, Tirinha 26. UOL. Disponível em: http://turmadamonica.uol.com.br/quadrinhos/?tg_personagem=chico-bento&tg_quadrinho =tirinhas. Acesso: 20 jun. 2017.

_________. Blog Admirável Juju, Chico Bento e o padre. Disponível em: http://www.admiraveljuju.com.br/post/18/chico_bento_e_o_padre/.Acesso: 10set. 2017.

Downloads

Publicado

2018-07-06

Como Citar

SPICACCI, A. A. C.; BARROS, M. E. Traduzindo o dialeto do personagem chico bento do Português para libras por meio da Elis. Revista Sinalizar, Goiânia, v. 3, n. 1, p. 40–56, 2018. DOI: 10.5216/rs.v3i1.51152. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revsinal/article/view/51152. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos