A LÍNGUA DE SINAIS NA CONCEPÇÃO DE OTORRINOLARINGOLOGISTA E FONOAUDIÓLOGO
DOI:
https://doi.org/10.5216/rs.v1i2.36085Resumo
Esse artigo tem como objetivos investigar a orientação dos médicos otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos sobre a aquisição de língua e a concepção desses profissionais sobre a língua de sinais diante de um diagnóstico de surdez. A pesquisa, de abordagem qualitativa, foi realizada por meio de uma entrevista estruturada e questionário com perguntas abertas. De cinco profissionais convidados, somente um médico otorrinolaringologista e uma fonoaudióloga aceitaram participar do estudo.A análise dos dados demonstrou que há divergência de opiniões quanto à orientação dada às famílias dos pacientes.Para o otorrinolaringologista, dependendo do tipo e do grau de surdez, é possível o uso do aparelho auditivo ou a realização do implante coclear, deixando clara a sua opção por uma orientação de cunho oralista. Já a fonoaudióloga afirma que recomenda o uso da Libras (Língua Brasileira de Sinais). Para ela a Libras, além de contribuir para a internalização de conceitos e significados, também favorece o desenvolvimento da oralidade. Percebemos que mesmo tendo uma atitude positiva sobre a língua de sinais, essa profissional ainda possui uma visão instrumental da Libras. Para o profissional que desconhece a língua e sinais e a cultura surda, a oralização é o meio de comunicação mais indicado, impondo ao surdo a necessidade de se adequar à cultura ouvinte. No entanto, quando o profissional conhece a língua de sinais, e/ou tem contato com a pessoa surda, ele compreende que os surdos possuem uma cultura própria e uma maneira diferente de compreender o mundo e interagir com as pessoas por meio dessa língua.
Palavras-chave: Língua de Sinais; surdo; diagnóstico de surdez.
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