CARTOGRAFIAS E MOVIMENTOS
cartografías y movimientos: problemas metodológicos a la luz de The view from the road
DOI:
https://doi.org/10.54686/revjat.v1i.61326Palabras clave:
Cartografia. movimentos. velocidade. deslocamentos. the view from the road.Resumen
Pelo menos desde 1960, cartografias produzidas pelo urbanismo no campo dos deslocamentos urbanos têm se limitado ao posicionamento geográfico do observador, desconsiderando, em boa medida, a experiência encarnada dos sujeitos para além do visual, bem como os atores e agentes político-estratégicos de formação do território. Em 1965, Kevin Lynch, Donald Appleyard e John Myer publicam “The view from the road” e estabelecem uma metodologia de análise da qualidade da forma visual da cidade contemporânea a partir de estradas. Inauguram, em certa medida, uma leitura através do para-brisa do automóvel em movimento, engendrando, assim, um estudo por eles alcunhado de “estética das estradas urbanas”. Tal obra foca no posicionamento geográfico de dentro do automóvel e não considera em seu escopo quaisquer relações político-estratégicas acerca da aproximação desses sujeitos com aquele percurso ou espaço produzido. Nesse sentido, este artigo considera que é a partir da virada cartográfica e tecnológica ocorrida nos anos 1980 que a cidade contemporânea tem demandado uma complexidade cada vez maior na realização de leituras dos deslocamentos urbanos, que ocorrem enquanto disputa entre fluxos distintos experimentados e suas cartografias. De uma maneira incipiente, este problema aparece em “The view from the road”, mas bastante vinculado ao que se vê na paisagem, desconsiderando a diversidade e qualidade dos fluxos das vias. Para esta comunicação, busca-se dar visibilidade às importantes considerações metodológicas elencadas pelos planejadores nesta obra, no que diz respeito à ampliação do repertório do urbanismo a partir da imagem em movimento, indicando a necessidade de atualização das mesmas e de inserção de uma camada política do ato de cartografar, em conexão ao que Fredric Jameson alcunhou como “nova estética do mapeamento cognitivo”.
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