Plano Diretor e Desenvolvimento Sustentável em Teresina

Qual o Lugar do Rio Poti no Ordenamento Territorial?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/revjat.v6.79113

Palavras-chave:

Desenvolvimento Sustentável, Planejamento Ambiental, Rio Poti em Teresina, Plano Diretor, Problemas Socioambientais

Resumo

Este artigo teve como objetivo analisar como as faixas marginais do rio Poti em Teresina - PI  têm sido concebidas e tratadas  sob o foco das diretrizes estabelecidas pelos planos diretores entre 2006 à 2022,  a partir de uma abordagem analitico-exploratoria, buscou-se identificar  os avanços e retrocessos no desenvolvimento sustentável da capital piauiense. Adotou-se como referência conceitos acerca do desenvolvimento sustentável e planejamento ambiental, bem como, legislações ambientais brasileiras e municipais que abordam os rios urbanos. Com base nesse referencial, foram realizadas interpretações e estudos da matriz físico-ambiental contando com mapas georreferenciados. Os resultados revelam que apesar do tema do desenvolvimento sustentável ter sido inserido no planejamento da capital desde 2006, com a Agenda 2015, esse plano não deixa claro as estratégias socioambientais capazes de mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Por outro lado, o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) de 2019 apresentou avanços significativos ao adotar uma abordagem socioambiental sensível às águas, entretanto  este plano não se coloca em prática e em menos de três anos após sua aprovação, no momento de retomada pós pandemia, é alterado conforme a Lei Complementar Nº 5.807/2022 (Teresina, 2022) suprimindo grande parte das áreas estabelecidas como Zonas Especiais de Uso Sustentável – ZEUS próximas às margens dos rios, indicando um retrocesso, mediante as medidas de mitigação ao enfrentamentos dos efeitos das mudanças climáticas. Assim, conclui-se que apesar dos avanços, ainda há grandes desafios relacionados à compreensão da importância da conservação ambiental de forma participativa para lidar com os problemas socioambientais na cidade.

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Biografia do Autor

Anna Karina Borges de Alencar, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí, Brasil, annakarina@ufpi.edu.br

Professora Adjunta no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPI, desde 2019, com ênfase em Projeto de Urbanismo, Teria e História do Urbanismo e Planejamento Urbano e Regional. Possui graduação em Arquiteta e Urbanista pela UFPE em 2002; Estágio PósDoc em 2017 em Planejamento e Gestão Urbana e Regional / MDU / UFPE; Doutorado e Mestrado em Desenvolvimento Urbano - UFPE (2016, 2012); e especialização em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável - UNINTER (2013). É Líder do grupo de pesquisa e extensão "Laboratório Espaços Urbanos" (LEU) vinculado ao CNPq/UFPI, o qual pelo viés da interdisciplinaridade desenvolve estudos e projetos de pesquisas relacionados com os seguintes temas: Gestão e Planejamento Urbano e Ambiental, Direito à Cidade, Urbanização de Assentamentos Precários, Urbanismo Sensível às Águas, entre outros temas correlatos. Atuou de 2019 à 2022 como membro efetiva do Projeto de Extensão - Feira de Base Agroecológica Cultural da UFPI e como Coordenadora Adjunta entre 2021 à 2022 no Projeto de Extensão MaisPortfólio. Publicou o livro "Urbanismo Sensível às águas: O paradigma da sustentabilidade na concepção de projetos para recuperação de rios urbanos" em 2017 e o livro "Novas formas de acesso à moradia: Estratégias do movimentos de luta por moradia para a produção social do habitat" em 2015.

Hannah Rossi Ribeiro Saraiva de Oliveira, Observatório das Metrópoles (INCT/CNPq) - núcleo Recife; Universidade Federal de Pernambuco, , Recife, Pernambuco, Brasil, hannah.rossi@ufpe.br

Arquiteta e Urbanista formada pela Universidade Federal do Piauí (2018 - 2023). Mestranda em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (2024 - ), linha Conservação Integrada, e bolsista CAPES na pesquisa intitulada Vulnerabilidade Socioambiental em Terraços Fluviais: Análise Comparativa Entre o Manejo das Águas Urbanas em Teresina - PI e Recife - PE. sob orientação do Prof. Dr. Fabiano Rocha Diniz. Pesquisadora vinculada ao Observatório PE - Núcleo Recife do Observatório das Metrópoles (2024-) e ao Laboratório Espaços Urbanos - LEU/UFPI (2021-2024), onde desenvolve pesquisas relacionadas à temática do Direito à Cidade, Planejamento Urbano e Ambiental, Regularização Fundiária Urbana, Urbanismo Sensível às Águas, dentre outros temas correlatos. Participou do Programa de Iniciação Científica Voluntária - ICV/UFPI (2022-2023) e do Projeto de Extensão "Incidência Política em Água e Saneamento em Teresina" (2022), no qual desenvolveu trabalho voluntário de relatoria para a ONG Habitat para Humanidade Brasil. Integrou o projeto de Extensão "Laboratório Espaços Urbanos" (2023), que visa facilitar o acesso a informações para pesquisa e a divulgação de conteúdo sobre Planejamento Urbanos nas mídias sociais. Ao longo da graduação, teve experiências como monitora em ocasiões distintas, sendo uma vez na Matéria de Planejamento Urbano e Regional.

Fabiano Rocha Diniz, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil, fabiano.diniz@ufpe.br

Arquiteto-Urbanista, formado pela Universidade Federal de Pernambuco (1988), com mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (1991) e doutorado em Géographie et Aménagement pelo Institut des Hautes Etudes de l'Amérique Latine da Université Paris 3 (2010). Professor Adjunto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Planejamento Urbano e Projeto de Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: ordenamento territorial, regularização urbanística e fundiária, planejamento urbano, desenho urbano, zonas especiais de interesse social, planejamento estratégico e gestão de águas urbanas

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Publicado

2024-09-12

Como Citar

ALENCAR, A. K. B. de; OLIVEIRA, H. R. R. S. de; DINIZ, F. R. Plano Diretor e Desenvolvimento Sustentável em Teresina: Qual o Lugar do Rio Poti no Ordenamento Territorial?. Revista Jatobá, Goiânia, v. 6, 2024. DOI: 10.5216/revjat.v6.79113. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revjat/article/view/79113. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Cidades