Regularização Fundiária em APPs

Estudo de Caso da Vila João Brás em Trindade – GO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/revjat.v7.78926

Palavras-chave:

Preservação, Reguralização, Zoneamento, Ambiental, Impactos

Resumo

Este artigo aborda a interação entre desenvolvimento urbano e conservação ambiental, concentrando-se na análise da ocupação da Área de Preservação Permanente (APP) do Córrego Bruacas, no setor Vila João Brás no município de Trindade-GO. O bairro enfrenta desafios consideráveis na gestão ambiental e ocupação do espaço urbano, levantando questões sobre como conciliar a regularização fundiária e o ordenamento urbano para garantir a preservação de ecossistemas. A discussão destaca a relevância geopolítica da água, vital para a vida, e os crescentes desafios decorrentes da rápida urbanização e disparidade na distribuição dos recursos hídricos. Em meio à crise hídrica brasileira, especialmente em regiões metropolitanas como a de Goiânia, as ocupações em áreas de preservação ambiental tornam-se um desafio adicional para a gestão urbana. O artigo busca analisar a situação do setor Vila João Braz, consolidado às margens do Rio Bruacas, considerando um panorama histórico das legislações que outrora delineavam o ordenamento urbano nas proximidades de cursos d'água. Além disso, pretende se examinar os impactos urbanos e ambientais das ocupações da APP às margens do Córrego Bruacas no setor Vila João Brás, promovendo uma reflexão sobre a influência e impactos da regularização fundiária em áreas de preservação permanente. Este artigo foi elaborado através de uma revisão bibliográfica, abrangendo artigos científicos, teses e dissertações de universidades, além da análise e leitura da legislação pertinente. As bases cartográficas foram produzidas com software especializado – Qgiz.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Veloso de Paula, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil,felipeveloso@discente.ufg.br

Nascido em Goiânia GO. Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal de Goiás (2019), mestrando em Projeto e Cidade pela Universidade Federal de Goiás (2023) e também aluno de graduação no curso de Agronomia pela mesma instituição (UFG). Possuo experiência em Arquitetura de Interiores Residencial e principalmente Comercial, com foco em retrofit de fachadas. Atualmente desenvolvo pesquisas concentradas em planejamento urbano voltada para soluções sustentáveis, explorando estratégias de análise e planejamento urbano inovadores.Curioso nato por questões ambientais, busco integrar conhecimentos arquitetônicos e agronômicos para contribuir com soluções urbanas mais sustentáveis e resilientes.

Luana Miranda Esper Kallas, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, luanakallas@ufg.br

Nascida em Governador Valadares-MG. Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela UnB (2015), linha de pesquisa em Planejamento e desenho urbano. Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UnB(2008), linha de pesquisa de planejamento e desenho urbano. Especialista em Paisagismo pelo Instituto Camillo Filho(2005). Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Piauí (2003). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento e planejamento urbano, regional e metropolitano, com enfoque nos instrumentos da política urbana; paisagem, com enfoque em paisagismo e novos usos dos espaços públicos; e, a sustentabilidade, com enfoque em infraestruturas verdes, além de projetação do ambiente constrúído. Foi Professora na FAU UnB e atualmente é Professora Adjunta no curso de Arquitetura e Urbanismo e Professora permanente do curso de Pós-graduação Projeto e Cidade (PPGPROCIDADE) da Faculdade de Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás, campus Goiânia (FAV/ UFG), sendo Editora-chefe da Revista Jatobá, do PPGPROCIDADE da FAV/UFG e é representante e correspondente desde 2015 do Urban Sketchers de Brasília/DF, bem como coordena o projeto de Extensão Goiânia em Traços, que visa resgatar e reconhecer a cidade por meio da observação durante o caminhar, o flanar representando-a em sketches urbanos, e assim valorizando o patrimônio cultural, arquitetônico e natural da cidade. Representante Titular da UFG no COMPUR (2022-2024). É representante Anpur pela PPGPROCIDADE (desde 2022), e membro Icomos e Docomomo, do Observatório das Metrópoles - Núcleo Goiânia e do Observatório das Metrópoles- Nucleo Brasília e Membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade (PPG PROCIDADE) - Gestão 2021-2023. Líder do grupo de pesquisa LUPPA- Laboratório de Urbanismo, Planejamento Urbano, Paisagem, Arquitetura, Design e Sustentabilidade. Atualmente é Coordenadora de Pesquisa da Faculdade de Artes Visuais.

Erika Cristine Kneib, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, erikakneib@ufg.br

Arquiteta Urbanista, Mestre e Doutora em Transportes. Desenvolveu pesquisa de pós doutorado no tema mobilidade urbana, no Instituto Superior Técnico de Lisboa. Atua como professora e pesquisadora na Universidade Federal de Goiás, no curso de Arquitetura e Urbanismo e no Programa de Pós Graduação Projeto e Cidade. Foi coordenadora do Programa de Pós Graduação Projeto e Cidade de 2017 a 2021. Coordena a equipe de Mobilidade Metropolitana no Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Goiânia. Desenvolve pesquisas relacionadas à mobilidade urbana e metropolitana; mobilidade sistêmica; acessibilidade (relação transporte uso do solo); estrutura espacial urbana, centralidades e transporte público coletivo. Exerceu atividades relacionadas a planejamento urbano, transportes e mobilidade urbana em prefeitura municipal, no Governo do Distrito Federal e no Ministério das Cidades. Participou de projetos na Universidade de Brasília, Agência Nacional de Transportes Terrestres e Ministério dos Transportes.

Débora Ferreira da Cunha, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, debora@cienciassociais.ufg.br

Professora e pesquisadora da Universidade Federal de Goiás, na Faculdade de Ciências Sociais, no Programa de Pós Graduação Projeto e Cidade e no curso de Especialização em Políticas Públicas. Doutora em Geografia, Mestre em Transportes e Graduada em Ciências Econômicas. Realizou estágio doutoral na Universidade de Lisboa, no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território. Tem formação em métodos quantitativos de pesquisa, com especialização em estatística e aperfeiçoamento pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. É pesquisadora do Observatório das Metrópoles/Núcleo Goiânia. Participa de projetos e pesquisas no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Instituto Pólis. Desenvolve pesquisas sobre processos de urbanização e metropolização, dinâmicas socioespaciais, desenvolvimento urbano e regional, administração pública, governança, políticas públicas; mobilidade urbana, transporte público, habitação. Exerceu atividades relacionadas ao planejamento urbano, transporte público coletivo, habitação e de acompanhamento de políticas públicas, em órgãos da Administração Pública Estadual e Municipal.

Referências

BRASIL. Decreto 23.793, de 23 de janeiro de 1934. Aprova o Código Florestal. Diário da Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, 21 de janeiro de 1935.

_______. Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o Novo Código Florestal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4771.htm>. Acesso em: 5 de janeiro de 2023.

_______. Lei nº 7.511, de 7 de julho de 1986. Altera dispositivos da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o novo Código Florestal. Brasília – DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7511.htm>. Acesso em: 5 de janeiro de 2023.

_______. Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989. Altera a redação da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e revoga as Leis nºs 6.535, de 15 de junho de 1978, e 7.511, de 7 de julho de 1986. Brasília – DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7803.htm>. Acesso em: 5 de janeiro de 2023.

_______. Lei nº. 9.433. de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9433.htm>. Acesso em: 5 de janeiro de 2023.

_______. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm>. Acesso em: 5 de janeiro de 2023.

_______. Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017. Dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no âmbito da Amazônia Legal; institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União; e outras providências. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13465.htm>. Acesso em: 05 de janeiro de 2023.

CONAMA, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA Nº 303, de 20 de março de 2002 - " Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente ". DOU de 13/5/2002.

__________.Resolução 369, de 28 de março de 2006. Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-APP. Brasília: DOU de 13/5/2002.

GOIÁS. Lei complementar nº 27, de 30 de dezembro de 1999. Cria a Região Metropolitana de Goiânia, autoriza o Poder Executivo a instituir o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia, a Secretaria Executiva e a constituir o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano de Goiânia e dá outras providências correlatas. Disponível em: <http://www.gabinetecivil.go.gov.br/pagina_leis.php?id=7066>. Acesso em: 16 de dezembro de 2023.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Biblioteca: censo demográfico: 2010. Disponível em: < https://censo2010.ibge.gov.br/ >. Acesso em: 16 de janeiro de 2024.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Biblioteca: censo demográfico: 2022. Disponível em: <https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/>. Acesso em: 16 de janeiro de 2024.

JORNAL OPÇÃO, Trindade investe em economia local e atrai mais moradores, Goiânia, 12 nov. 2023. Disponível em: <https://www.jornalopcao.com.br/trindade/trindade-investe-em-economia-local-e-atrai-mais-moradores-546478/>. Acesso em: 16 de janeiro de 2024.

RODRIGUES, Wildes Jesus. Trindade-Goiás, partida e repartida: a dinâmica urbana de um território fragmentado. 2021. 280 f. Tese (Doutorado) - Curso de Programa de Pós- Graduação em Geografia, Iesa - Instituto de Estudos Socioambientais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2021. Cap. 3. Disponível em: <https://repositorio.bc.ufg.br/tede/items/138c7bf2-1bcb-4b9c-adcf-e92d5af39cdc>. Acesso em: 16 de dezembro de 2023.

SANTOS, Joildes Brasil dos. Áreas de Preservação Permanente como Instrumentos para Conservação dos Recursos Hídricos: estudo de caso na região metropolitana de Goiânia. 2019. 245 f. Tese (Doutorado) - Curso de Programa de Pós- Graduação em Geografia, Iesa - Instituto de Estudos Socioambientais, Universidade Federal de Goiás, Goiás, 2019. Cap. 4. Disponível em: <https://repositorio.bc.ufg.br/tede/items/3ac53967-a4da-401d-a343-d7c8bda75394>. Acesso em: 16 de dezembro de 2023.

TRINDADE. Lei complementar n° 025, de 15 de fevereiro de 2016. Dispõe sobre o zoneamento, uso e ocupação do solo, na Zona urbana e rural do Município de Trindade-GO e estabelece outras providências urbanísticas. Disponível em:<https://leis.trindade.go.gov.br/leis/757/lei-complementar-025-2016?previousFilters=search__zoneamento>. Acesso em: 16 de dezembro de 2023.

TRINDADE. Lei complementar n° 028, de 16 de outubro de 2017. Altera Redação de Artigos que menciona, da Lei Complementar n° 025/2016 e dá outras providências.. Disponível em: <https://leis.trindade.go.gov.br/leis/759/lei-complementar-028-2017?previousFilters=search__zoneamento>. 12 de novembro de 2023.

TV ANHANGUERA. Barranco ameaça casas na Vila João Braz em Trindade, Goiânia, 16 nov. 2023. Disponível em: <https://g1.globo.com/go/goias/edicao/2023/11/16/videos-jornal-anhanguera-1-edicao-de-quinta-feira-16-de-novembro-de-2023.ghtml>. 17 de dezembro de 2023.

card

Publicado

2025-03-15

Como Citar

DE PAULA, Felipe Veloso; KALLAS, Luana Miranda Esper; KNEIB, Erika Cristine; FERREIRA DA CUNHA, Débora. Regularização Fundiária em APPs: Estudo de Caso da Vila João Brás em Trindade – GO. Revista Jatobá, Goiânia, v. 7, 2025. DOI: 10.5216/revjat.v7.78926. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revjat/article/view/78926. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos livres