A importância da documentação arquitetônica para a Restauração

a experiência de Camillo Boito

Autores

  • Pedro Murilo Gonçalves de Freitas Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.54686/revjat.v2i.65425

Palavras-chave:

Documentação arquitetônica. restauração. Camillo Boito. arqueologia. ornamento.

Resumo

Na literatura corrente sobre a Teoria da Restauração, as experiências de Camillo Boito na Itália na segunda metade do século XIX são consideradas por muitos autores como uma das primeiras alternativas aos paradigmas principais da Restauração elaboradas contemporaneamente por John Ruskin e Eugène Emmanuel Viollet-Le-Duc. No entanto, sua ponderação tem sido vista de modo reducionista e anacrônico, pouco ressaltando a rica polêmica estabelecida no final do século XIX quanto ao problema do ornamento para a indústria e a leitura documental das obras de arte e de arquitetura antigas. Nestas caracterizações apressadas esquece-se que suas premissas estiveram sempre vinculadas a uma mútua interação com os instrumentos clássicos de estudo e análise da arquitetura histórica: a documentação arquitetônica. Este artigo tem por objetivo revisar o problema do “método filológico” para a Restauração, envolvendo campos conexos (e indissociáveis) da atuação de Camillo Boito na Itália: a história e o ensino da arquitetura. Com base em fontes primárias como textos e desenhos em associação a pesquisas recentes sobre o autor, busca-se afirmar como a documentação aplicada ao reconhecimento da materialidade dos edifícios se tornou para o desenvolvimento da Restauração a partir da teoria boitiana instrumento central de investigação crítica dos monumentos.

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Biografia do Autor

Pedro Murilo Gonçalves de Freitas, Universidade Federal de Sergipe

Arquiteto e Urbanista, é doutor em Arquitetura, Tecnologia e Cidade pela Universidade Estadual de Campinas (Pós-ATC/Unicamp, 2018), com realização de período sanduíche no Politécnico de Turim, Itália. Mestre pela mesma instituição e programa (Pós-ATC/Unicamp, 2012), possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP, 2006), com realização de intercâmbio acadêmico na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, Portugal (FAUP, 2005). Possui especialização em Teoria e Prática da Preservação e Restauro do Patrimônio Arquitetônico e Urbanístico pela Universidade Católica de Santos (Unisantos, 2008) e atuou como Professor Assistente no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Grande ABC (UniABC, 2012-2013). Atualmente é Professor Adjunto-A na área de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo (Temática Teoria e Prática da Intervenção no Patrimônio Cultural) do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo e colaborador do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Campus de Laranjeiras/SE. É membro do ICOMOS Brasil e associado ao DOCOMOMO Brasil e à ANPARQ. 

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Publicado

2020-11-04

Como Citar

FREITAS, P. M. G. de. A importância da documentação arquitetônica para a Restauração: a experiência de Camillo Boito. Revista Jatobá, Goiânia, v. 2, 2020. DOI: 10.54686/revjat.v2i.65425. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revjat/article/view/65425. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê