O gênio maligno cartesiano como expressão da equipolência pirrônica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v30i1.81581

Palavras-chave:

Descartes, ceticismo, gênio maligno, probabilidade, equipolência.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo estabelecer uma comparação entre o gênio maligno cartesiano e um dos preceitos mais fundamentais do ceticismo pirrônico: a equipolência (isostheneia). Deixando em segundo plano a investigação histórica relativa às fontes cartesianas no que diz respeito ao ceticismo – mas considerando a diferenciação entre ceticismo pirrônico e acadêmico, e a apropriação feita por Descartes dessas duas tradições –, busca-se traçar um paralelo entre o papel desempenhado pelo gênio maligno nas Meditações e a equipolência pirrônica. Para tanto, realiza-se um contraponto à noção de probabilidade (pithanon), fundamental para o ceticismo acadêmico. Dessa forma, intenta-se oferecer uma perspectiva sobre o gênio maligno que não o considera um ponto de distanciamento entre Descartes e o ceticismo, mas o estabelece como um ponto de convergência. Essa interpretação é fundamentada, sobretudo, nos conceitos de equipolência, suspensão do juízo (epoché) e probabilidade.

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Biografia do Autor

Maíra de Souza Borba, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil, mairaborba@hotmail.com

Possui graduação em Filosofia - Licenciatura (2008) pela Universidade Federal de Minas Gerais, com intercâmbio na Université Paris I - Panthéon Sorbonne (1º semestre 2008) e Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011). Doutorado em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais e pela Université Paris I - Panthéon Sorbonne (2015). Atualmente atua como professora adjunta da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia Moderna, atuando principalmente nos seguintes temas: cetiscismo, Descartes, metafísica e dualismo.

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Publicado

23-06-2025

Como Citar

BORBA, Maíra de Souza. O gênio maligno cartesiano como expressão da equipolência pirrônica. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 30, n. 1, 2025. DOI: 10.5216/phi.v30i1.81581. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81581. Acesso em: 5 dez. 2025.