Entre a distração e a vigilância
Pierre Hadot e o exercício espiritual da atenção no tempo presente
DOI:
https://doi.org/10.5216/phi.v30i1.81438Palavras-chave:
Atenção, vigilância, distração, exercícios espirituais, Pierre Hadot.Resumo
Dentre os exercícios espirituais das antigas escolas filosóficas greco-romanas, destaca-se a prosochè. Compreendida como a atenção no tempo presente, esse exercício singular e incomparável na contemporaneidade consiste numa forma de vigilância sobre si mesmo e sobre o agora, configurando-se numa prática fundamental para a transformação ética e espiritual. Desde os trabalhos de Pierre Hadot acerca do pensamento antigo, este artigo tem por objetivo refletir como, em tempos de distração, resultado, entre outras coisas, da profusão de estímulos advindos da publicidade e das mídias digitais, a prosochè recorda que o presente é o lugar onde pode ser exercida toda liberdade, toda ação, toda decisão. O convite é para acalmar nossas paixões, avaliando o que depende ou não da nossa vontade, para que, diante da realidade, não corramos o risco de ceder seja a um desespero paralisante, seja a um otimismo ingênuo. Trata-se de viver o tão infinitamente pequeno momento presente, tendo a consciência de que o que passou já se foi, e o que virá ainda é incerto.
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