Sobre a relação entre educação e vontade em Hannah Arendt

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v30i1.81331

Palavras-chave:

Educação, vontade, atenção, Hannah Arendt.

Resumo

O problema investigado e apresentado no artigo se refere às condições de possibilidade da educação da vontade em Hannah Arendt. Para tanto, buscamos compreender a especificidade da vontade como faculdade na vida do espírito e na inserção do conceito para as questões e temas políticos e educacionais que orientaram a filósofa em seus estudos sobre o totalitarismo. Elaboramos uma interpretação compreensiva (Arendt, 2009b) sobre a especificidade e a função da vontade na vida do espírito, construindo argumentos que apoiem uma educação da vontade que seja coerente, consistente e plausível com a articulação conceitual entre vontade e educação na obra de Hannah Arendt. Deste modo, por um lado, a educação da vontade acontece sob a perspectiva da conservação da novidade da criança e da continuidade do mundo e de que só há pensamento, conhecimento, julgamento, aprendizado e educação por meio do querer. Na educação, a criança aprende a habitar a tensão constitutiva da vontade, a querer seu querer e a assumir a responsabilidade individual pelo mundo e por si mesma. Por outro lado, o aprender a orientar a tensão constitutiva da vontade em torno do querer demanda também o aprender a estar-se atentos uma vez que a atenção assume o papel de elemento unificador da vontade.

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Biografia do Autor

Cleriston Petry, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, Mato Grosso, Brasil, cleripetry@hotmail.com

Professor Adjunto - classe C do Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Mestrado Profissional em Filosofia (PROF-FILO), núcleo UFMT. 

Angelo Vitório Cenci, Universidade de Passo Fundo (UPF), Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil, angelo@upf.br

Possui graduação em Filosofia Licenciatura Plena pela Universidade de Passo Fundo (1989), mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997), doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (2006), pós-doutorado pela UNICAMP/SP (2012) e pela Universidad Nacional del Centro de la Província de Buenos Aires (UNCPBA - em andamento). Recebeu, por sua tese de doutorado, o Prêmio Capes de Teses, em 2007. É professor da Universidade de Passo Fundo (UPF). Coordena o Núcleo de Pesquisas em Filosofia e Educação (NUPEFE-UPF), o Grupo de Estudos em Ética, Democracia e Educação (GEEDE-UPF) e o Projeto de pesquisa Justiça social, desenvolvimento sustentável e educação. Faz parte dos Grupos de pesquisa CNPQ Racionalidade e formação e Filosofia e educação. Coordena, pela UPF, o Convênio trilateral internacional UNICAMP-UNCPBA-UPF. Foi coordenador do Curso de Filosofia da UPF por três mandatos e Diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UPF por um mandato. Tem experiência nas áreas de Filosofia e Educação, com ênfase em Ética e Fundamentos da educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Ética, educação e docência; Formação humana e formação pedagógica; Teoria crítica e educação; Neoliberalismo, estado e educação; Educação, teorias do sujeito e da subjetividade.

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Publicado

23-06-2025

Como Citar

PETRY, Cleriston; CENCI, Angelo Vitório. Sobre a relação entre educação e vontade em Hannah Arendt. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 30, n. 1, 2025. DOI: 10.5216/phi.v30i1.81331. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81331. Acesso em: 5 dez. 2025.