A Poética do Waka:

Uma filosofia do Real

Autores

  • Diogo Cesar Porto da Silva Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, diogocpsilva@gmail.com

DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v25i2.65016

Resumo

O artigo se propõe a uma investigação da potência filosófica presente na poesia japonesa clássica conhecida como waka. O aspecto formal mais proeminente do waka é a sua curta estrutura composta geralmente de 31 sílabas moraicas divididas, respectivamente, em 5 versos de 5, 7, 5, 7 e 7 sílabas cada. Para erguer-se como uma forma poética, o waka emprega o recurso rítmico da pausa e uma retórica que vinculam cada poema individual ao todo da tradição através de precedentes. Defendemos que na tradição intelectual constituída pelo waka há uma filosofia do real – que denominamos intertextualidade do real – que entende a realidade como vazia e impermanente. Dessa forma, seria o waka a forma mais adequada através da qual exprimir o real uma vez que ele é mais profundo e excelente a medida em que cria um movimento de esvaziamento e tornar impermanente através de seus recursos formais e retóricos: seu cerne, sua disposição e significado (nossas traduções do termo japonês “kokoro”) e suas palavras (“kotoba”).

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Publicado

12-08-2021

Como Citar

CESAR PORTO DA SILVA, D. A Poética do Waka:: Uma filosofia do Real. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 25, n. 2, 2021. DOI: 10.5216/phi.v25i2.65016. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/65016. Acesso em: 22 dez. 2024.