Architectura, Utilitas, Venustas:

Vitruvianismo e Pós-Vitruvianismo em Immanuel Kant e August Schlegel

Autores

  • Gabriel Almeida Assumpção Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, gabrielchou@gmail.com

DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v25i2.64782

Resumo

A finalidade explícita na arquitetura e ênfase na utilidade, no aspecto de uma aplicação prática, intrigou filósofos alemães como Immanuel Kant e August Schlegel. O entrelaçamento entre beleza e finalidade na arquitetura fora notado cedo por Marco Vitrúvio Polião (81 a.C.-15d d.C.), que aponta utilidade, solidez e beleza como características fundamentais da obra arquitetônica. Segundo Guyer (2011), a partir de Kant, o pensamento filosófico sobre a arquitetura começa a apresentar um distanciamento em relação a Vitrúvio, de modo que, mesmo sem total renúncia à tríade vitruviana no pensamento de Kant, este defende ser a característica principal da arquitetura representar ideias estéticas. A tese de Guyer aponta o desenvolvimento desse ponto de Kant em Schelling, Hegel e Schopenhauer, todavia com uma lacuna: August Schlegel (1767-1845), fundador do primeiro sistema de belas artes com sua Kunstlehre (1801-1804). Buscaremos aprofundar como a tese de Guyer não só é válida, mas ganha mais solidez no caso de August Schlegel e do papel que este confere à imaginação na arquitetura. Após a indicação de elementos vitruvianos e pós-vitruvianos em Kant e Schlegel, indicaremos as divergências entre ambos na apreciação da arquitetura, a partir de suas articulações entre arquitetura e finalidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriel Almeida Assumpção, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, gabrielchou@gmail.com

Doutor em Filosofia pela UFMG (2020). Mestre em Filosofia pela UFMG (2015), Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário Internacional UNINTER (2019) e Bacharel em Psicologia pela UFMG (2010). Trabalha especialmente com Friedrich W. J. von Schelling (filosofia da natureza, gênio e mímesis), Friedrich von Hardenberg [Novalis] (panenteísmo, filosofia da natureza, poesia e sincriticismo) e Nicolai Hartmann (filosofia da natureza, crítica à teleologia e ao idealismo, valores estéticos). Também se interessa por Immanuel Kant (gênio, teleologia) e por Vittorio G. Hösle (ecologia; idealismo objetivo, teleologia). Traduziu as seguintes obras filosóficas do alemão para o português: "Dedução geral do processo dinâmico" (1800), de F. W. J. Schelling; "Filosofia da crise ecológica: conferências moscovitas" (1991), de Vittorio Hösle. É membro de grupo de pesquisa "Mito e Modernidade", da FALE-UFMG, onde realiza pesquisa de Pós-Doutorado sobre Novalis.

Downloads

Publicado

12-08-2021

Como Citar

ASSUMPÇÃO, G. A. Architectura, Utilitas, Venustas: : Vitruvianismo e Pós-Vitruvianismo em Immanuel Kant e August Schlegel. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 25, n. 2, 2021. DOI: 10.5216/phi.v25i2.64782. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/64782. Acesso em: 7 nov. 2024.