Democracia e ontologia política em Maquiavel, segundo Negri: limites da potência constituinte

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DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v23i2.52711

Resumo

o artigo tem por objetivo aprofundar uma abordagem da noção de soberania, segundo análise de obras de Maquiavel estabelecida por Antonio Negri (2002). O autor defende que a soberania para Maquiavel corresponde à sobredeterminação da ação do governante -seja no principado, seja na república- em face das limitações e oposições impostas pelos adversários e pela própria fortuna. Buscamos, assim, entender as características dessa acepção de soberania uma vez que o conceito é definido com exatidão por Jean Bodin, quase meio século após a publicação dos textos maquiavelismos. Para observar essa abordagem, digamos, heterodoxa, da soberania será preciso nos concentraremos na sua tese da relação entre ontologia política e movimento. Para Negri, o movimento é o princípio definidor da política e na obra de Maquiavel se encontra uma concepção de ontologia política produzida e pensada da própria ação do governante no tempo e da qual o movimento é constitutivo e indiscernível. Observaremos como se desenvolve a análise do conflito no caso de cidades como Roma e Florença. Como conclusão pretendemos observar que limites a interpretação das Istorie Fiorentine apresenta à tese negriana da soberania democrática em Maquiavel.

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Biografia do Autor

Douglas Ferreira Barros, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Faculdade de Filosofia, Campinas, São Paulo, Brasil, douglasfbarros@gmail.com

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Publicado

07-01-2019

Como Citar

FERREIRA BARROS, D. Democracia e ontologia política em Maquiavel, segundo Negri: limites da potência constituinte. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 23, n. 2, 2019. DOI: 10.5216/phi.v23i2.52711. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/52711. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê de Artigos Originais