OBJETO TR(A)NSICIONAL: UMA RELEITURA LACANIANA
DOI:
https://doi.org/10.5216/phi.v13i2.4005Palavras-chave:
objeto, Lacan, Winnicott, filosofia, psicanáliseResumo
O presente artigo pretende acompanhar o percurso de construção da noção de objeto a em relação à démarche lacaniana, bem como situar os elementos de aproximação com o objeto transicional winnicottiano. Para tanto, parte da definição de objeto tal como proposta por Freud - (1) como correlativo da pulsão; (2) como correlativo do amor e (3) em relação ao sujeito - e indica a opção lacaniana em enfatizar a dimensão da linguagem, em uma releitura que incide sobre a teoria e técnica freudianas como um todo. Nesse contexto, Winnicott surge como um autor que, ao propor a noção de objeto transicional, permite a Lacan apresentar a distinção entre os registros imaginário, simbólico e real em relação aos conceitos de desejo, demanda e necessidade, ao mesmo tempo em que possibilita a construção de um conceito próprio de objeto. Cabe considerar que, em suas formulações, Lacan faz duras críticas aos pós-freudianos por produzirem um desvio da técnica e da doutrina de Freud ao desconsiderar a fala do sujeito, favorecendo uma prática de interpretação das resistências. Winnicott é, então, saudado como um autor diferenciado, um psicanalista pós-freudiano que não se afasta dos preceitos freudianos, e que toma a clínica como seu principal suporte. As relações teóricas entre Lacan e Winnicott, de aproximação e afastamento, nos permitem, no corpo deste artigo, problematizar a vinculação entre as noções de objeto a e objeto transicional.
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