O SENTIDO DO IDEALISMO DE HUSSERL

Autores

  • Carlos Morujão Universidade Católica Portuguesa

DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v21i1.37795

Palavras-chave:

Idealismo, análise intencional, adumbramento, constituição

Resumo

O presente ensaio propõe-se explicitar o sentido do idealismo de Husserl entre as Ideias I (de 1913) e as Meditações Cartesianas (de 1931). A primeira formulação do idealismo, na obra de 1913, apresenta-o como o resultado da distinção entre a consciência e o mundo, baseada na diferença entre os respectivos modos de doação: a primeira dando-se absolutamente e sem perspectivas ou adumbramentos, o segundo dando-se como pólo de identidade numa multiplicidade de adumbramentos. A insuficiência desta formulação para fundar uma tese idealista evidencia-se no facto de Husserl ter, de imediato, acrescentado uma outra: a saber, a distinção entre o modo de ser absoluto da consciência (nulla res indiget ad existendum) e o modo de ser contingente e intencional do mundo. Porém, o sentido final destas duas distinções será apenas esclerecido nas Meditações Cartesianas. Nesta obra, Husserl caracteriza o seu idealismo - distinguindo-o do idealismo psicológico de Berkeley e do idealismo de Kant - como uma auto-explicitação consequente do Ego enquanto sujeito de todo o conhecimento possível. Como corolário deste definição «mundo que efectivamente é» apenas poderá significar «mundo constituído na consciência».

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Biografia do Autor

Carlos Morujão, Universidade Católica Portuguesa

Professor Associado com Agregação da Faculdade de Ciências Huamas da UCP.Director do Centro de Estudos de Filosofia (CEFi).

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Publicado

28-08-2016

Como Citar

MORUJÃO, C. O SENTIDO DO IDEALISMO DE HUSSERL. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 21, n. 1, p. 13–36, 2016. DOI: 10.5216/phi.v21i1.37795. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/37795. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê de Artigos Originais