CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS SOBRE A ABORDAGEM QUANTIFICACIONAL DOS DEMONSTRATIVOS - ACERCA DO LIVRO DE JEFFREY KING
DOI:
https://doi.org/10.5216/phi.v8i1.3201Abstract
Os demonstrativos foram considerados tradicionalmente como expressões referenciais. É o que encontramos na história da filosofia desde o início da tradição gramatical ocidental que sempre tratou os demonstrativos como pronomes. A maior provocação no livro de King consiste precisamente em romper com essa tradição ao apresentar os demonstrativos complexos (“esta mesa”, “aquele homem” etc.) como termos quantificados (e, portanto, termos não-referenciais). King apóia seu tratamento sobre exemplos escolhidos que parecem favorecer sua tese, como “aquele arquiteto que construiu essas pirâmides era um gênio”, quando o locutor da frase não tem nenhum alvo referencial em mente e não pode apontar para ninguém no contexto da enunciação. Mostrarei: 1) que o tratamento de King representa uma tremenda ruptura com a tradição e desconsidera as intuições de gerações e gerações de lingüistas e filósofos da linguagem; 2) que King apóia sua tese em evidências de natureza puramente sintática sem discutir metodologicamente o peso que devemos atribuir a essas evidências sintáticas nas discussões de semântica; 3) que King não leva em conta todos os dados disponíveis, forçando os dados por ele recolhidos a entrar numa mesma teoria unificada, mas, para isso, paga um preço alto: uma redundância inaceitável na semântica das expressões demonstrativas simples.Downloads
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