ALEGORIA E NARRATIVA EM PLATÃO

Autores

  • Juliano Orlandi UFSCar

DOI:

https://doi.org/10.5216/phi.v19i2.31689

Palavras-chave:

Platão, alegoria, narrativa.

Resumo

Meu objetivo principal é o esclarecimento da perspectiva platônica a respeito das narrativas de caráter alegórico. A questão surge da constatação de que o filósofo evita sistematicamente utilizar os termos ápaggelia e ápaggéllein, cujas traduções são narrativa e narrar, para se referir às ocorrências de alegorias em sua obra. Sua recusa é estranha, pois seu uso dos termos engloba um grupo bastante heterogêneo de narrativas, e não há aparentemente razão alguma que os impeça de designar passagens alegóricas. Minha proposta de solução passa, primeiramente, por uma análise completa das ocorrências de ápaggelia e ápaggéllein no corpus platonicum, cujo objetivo é promover uma caracterização mais detalhada do sentido dos termos. Para compreender um dos aspectos descobertos nesse levantamento, a noção de testemunho, investigo a interpretação que Brisson lhe conferiu em seu Platon les mots et les mythes (1994). Finalmente, com base na tese de Brisson, procuro explicar por que o filósofo evita os termos ápaggelia e ápaggéllein para se referir às narrativas alegóricas.

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Biografia do Autor

Juliano Orlandi, UFSCar

Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos

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Publicado

29-12-2014

Como Citar

ORLANDI, J. ALEGORIA E NARRATIVA EM PLATÃO. Philósophos - Revista de Filosofia, Goiânia, v. 19, n. 2, p. 129–149, 2014. DOI: 10.5216/phi.v19i2.31689. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/31689. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê de Artigos Originais