Avaliação fisiológica e agronômica integrada revela estratégias contrastantes de tolerância à seca em genótipos de algodão
Resumo
A seca limita a produtividade do algodoeiro ao comprometer a fotossíntese e o crescimento, embora genótipos apresentem diferenças em suas respostas adaptativas. Avaliaram-se cultivares de algodão herbáceo (Gossypium hirsutum var. latifolium) e perene (G. hirsutum var. Marie-Galante) com o objetivo de identificar mecanismos fisiológicos de tolerância à seca e germoplasma promissor para o melhoramento genético. O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação, utilizando-se nove cultivares e dois regimes hídricos (controle irrigado e estresse hídrico). Foram avaliados: crescimento, trocas gasosas, estado hídrico celular, produção de capulhos e características tecnológicas da fibra. As cultivares BRS Rubi, BRS 286, BRS Seridó, CNPA 5M e CNPA 7MH apresentaram estratégias distintas de tolerância à seca. BRS Rubi e BRS 286 mantiveram taxas de trocas gasosas semelhantes às do controle, preservando a capacidade fotossintética ao longo do período de estresse. CNPA 5M e CNPA 7MH adotaram uma estratégia de conservação de água, reduzindo as trocas gasosas, mas sustentando alto teor relativo de água, baixa perda de eletrólitos, crescimento satisfatório e maior relação raiz/parte aérea. De modo geral, BRS 286, BRS Seridó, CNPA 5M e CNPA 7MH combinaram desempenho fisiológico superior com maior produção de capulhos e melhor qualidade de fibra. Esses genótipos são recomendados como genitores em cruzamentos dialélicos, inclusive com cultivares de alta produtividade porém sensíveis à seca, a fim de ampliar as oportunidades de melhoramento do algodoeiro em ambientes com limitação hídrica.
PALAVRAS-CHAVE: Gossypium hirsutum, qualidade da fibra de algodão, estresse hídrico.
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