Interação de reservas e osmoproteção em clones de cajueiro-anão sob restrição hídrica
Resumo
Condições adversas como a baixa pluviosidade têm reduzido as áreas produtivas de cajueiro no Nordeste. O uso de porta-enxertos e copas com metabólitos associados à tolerância à seca influencia nas respostas das plantas. Avaliou-se a interação entre reservas energéticas e osmoproteção em clones de cajueiro-anão enxertados sob restrição hídrica. Utilizou-se delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 4 × 4, com quatro níveis de irrigação (25, 50, 75 e 100 % da evapotranspiração da cultura - ETc) e quatro combinações de copa/porta-enxerto: CCP76/CCP76 (autoenxertia de CCP76), CCP76/BRS226 (CCP76 enxertado em BRS226), BRS226/BRS226 (autoenxertia de BRS226) e BRS226/CCP76 (BRS226 enxertado em CCP76), com três repetições. Foram avaliados o diâmetro do caule da copa e do porta-enxerto, conteúdo relativo de água, porcentagem de umidade foliar, danos à membrana, carboidratos, aminoácidos livres totais, proteínas solúveis totais, betaína de glicina, prolina e conteúdo iônico. A combinação CCP76/BRS226 mostrou-se eficiente em condições de restrição hídrica (25 e 50 % da ETc), com redução significativa nos danos oxidativos às membranas foliares e aumento concomitante de osmoprotetores, como aminoácidos livres totais e prolina. A prolina surge como um potencial marcador molecular de tolerância à seca em cajueiros-anões precoces. Já a autoenxertia de BRS226 e a combinação BRS226/CCP76 sob irrigação a 25 % da ETc foram as mais prejudicadas, apresentando maiores danos às membranas, menor acúmulo foliar de potássio, teor de umidade e conteúdo relativo de água, não sendo recomendadas sob condições de restrição hídrica.
PALAVRAS-CHAVE: Anacardium occidentale L., osmoprotetores, enxertia.
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