Análise prospectiva da distribuição da soja no estado do Tocantins, considerando-se cenários de mudanças climáticas
Resumo
A soja é uma das culturas agroenergéticas de maior oferta e procura na economia brasileira. Embora sejam constantemente perceptíveis inclinações positivas nas curvas de produtividade, as exigências por terras cultiváveis evoluem desenfreadamente, inevitavelmente promovendo ações de desmatamento e agravos deletérios nos ciclos biogeoquímicos naturais, como no ciclo do carbono. Uma série de modelos ambientais são utilizados para explicar esses fenômenos complexos, cujas variáveis se modificam espacial e temporalmente em função de fatores econômicos, sociais e naturais. Neste intuito, almejou-se a prospecção da área de cultivo da soja por intermédio de um modelo de dinâmica territorial (Dinamica EGO), em regiões onde localizam-se unidades de conservação de uso sustentável no estado do Tocantins, considerando-se cenários de riscos climáticos fundamentados nos índices de satisfação das necessidades de água (ISNA), calculados a partir dos dados de precipitação e temperatura médias diárias do modelo climático global MIROC5. Os ISNA influenciaram em uma maior exploração dos recursos naturais no entorno das áreas de preservação ambiental da Ilha do Bananal/Cantão, Lago de Palmas e Serra do Lajeado. Prospectou-se, também, uma possível redução de área de soja em alguns centros produtores reconhecidos, bem como um cenário de maior distanciamento das áreas cultivadas da espécie, em um futuro próximo, do mosaico de unidades de conservação do Jalapão, que se tornou de alto risco climático para os rendimentos em grãos de soja normalmente demandados pelo mercado.
PALAVRAS-CHAVE: Disponibilidade hídrica, riscos climáticos, unidades de conservação.
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