Controle de capim-arroz suscetível e resistente a imidazolinonas em diferentes regimes de temperatura antes e após a aplicação de imazethapyr

Resumo

As condições ambientais podem influenciar na metabolização de herbicidas e interferir na evolução da resistência de plantas daninhas. Objetivou-se avaliar o efeito de regimes térmicos no controle de capim-arroz (Echinochloa crus-galli) suscetível e resistente a herbicidas do grupo químico imidazolinonas. O fator A (biótipos) foi constituído de um biótipo suscetível e um resistente a imazethapyr; o fator B (dose) constou de seis doses de imazethapyr entre 0 e 800 g ha-1 para o biótipo resistente e entre 0 e 100 g ha-1 para o biótipo suscetível; o fator C (temperatura) foi composto de quatro regimes térmicos (16/16 ºC, 25/25 ºC, 16/25 ºC e 25/16 ºC) aos quais as plantas foram submetidas antes e após a aplicação do herbicida. Considerando-se o biótipo resistente, os maiores índices de controle foram observados nos regimes térmicos com oscilação de temperatura, principalmente para 25/16 ºC. Na dose de imazethayr recomendada (100 g ha-1), o herbicida proporcionou controle superior a 90 % para 25/16 ºC e menos de 50 % para 16/16 ºC, no biótipo resistente. A massa seca da parte aérea teve redução superior a 80 % para 25/16 ºC e 16/25 ºC e inferior a 30 % para 16/16 ºC. As condições de temperatura em que as plantas são submetidas no período pré e pós-aplicação do herbicida interferem no nível de resistência a imazethapyr em capim-arroz.

PALAVRAS-CHAVE: Echinochloa crus-galli, acetolactato sintase, mudança climática.