Adaptação e resiliência de sistemas agrícolas às mudanças climáticas locais e eventos extremos: uma revisão integrativa
Resumo
Perdas na produção agrícola, causadas principalmente por temperaturas extremas, chuvas e secas, têm exigido a adaptação da agricultura brasileira às mudanças climáticas em curso. Objetivou-se avaliar, por meio de uma revisão integrativa, os efeitos das práticas agrícolas estabelecidas por duas políticas públicas brasileiras (Plano ABC e Planaveg) na resiliência e adaptação dos sistemas agrícolas do país, considerando-se os efeitos no clima local e eventos extremos. Todas as coleções da biblioteca da Embrapa foram utilizadas como fontes principais e o Google Acadêmico como fonte secundária. A busca incluiu publicações de 1998 a abril de 2022 e resultou em 334 dados, extraídos de 51 referências, abrangendo pelo menos um fator e uma prática. A revisão mostrou que as práticas propostas podem contribuir para a resiliência e adaptação dos setores agropecuário e florestal do Brasil às mudanças climáticas nas principais regiões produtoras. Estudos indicam que a incorporação de componente arbóreo nos sistemas de produção pode proporcionar um ambiente mais resiliente a secas, aumento da umidade do ar, redução do impacto da temperatura e dos riscos de incêndio, entre outros benefícios. A adoção das práticas do Plano ABC e Planaveg pelo setor agropecuário é uma opção viável, estratégica e bem alinhada com uma economia de baixo carbono, ao mesmo tempo em que aumenta a resiliência aos impactos presentes e futuros das mudanças climáticas.
PALAVRAS-CHAVE: Sistema agroflorestal, resiliência climática, Plano ABC, Planaveg.
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