Dinâmica da água no solo e produtividade em consórcio de milho e Brachiaria ruziziensis
Resumo
Em cultivos consorciados, uma alta densidade de plantas pode retardar o acúmulo de biomassa e afetar a disponibilidade hídrica às plantas. Objetivou-se avaliar a dinâmica da água no solo e o desempenho produtivo no consórcio de milho e Brachiaria ruziziensis sob diferentes densidades de semeadura desta forrageira. O experimento foi conduzido em blocos casualizados, com tratamentos associados às densidades de semeadura (2 kg ha-1, 4 kg ha-1, 6 kg ha-1 e 8 kg ha-1) e ambas as espécies em monocultivo como testemunhas. No milho, avaliou-se a produtividade de grãos e, na braquiária, o número de plantas por hectare e as massas verde e seca da parte aérea. O desempenho do consórcio foi avaliado pelo índice de uso eficiente da terra. A dinâmica da água no solo foi monitorada em duas profundidades (0-0,3 m e 0,3-0,6 m), pela técnica de reflectometria no domínio do tempo. A avaliação do armazenamento de água no solo foi realizada a partir de parcelas com quatro dos sistemas de cultivo (milho ou braquiária em monocultivo, e consórcios com as densidades de semeadura extremas), em quatro períodos. O aumento na densidade de semeadura de B. ruziziensis diminuiu a produtividade dos grãos do milho consorciado em 30,8 %. O consórcio usando 2 kg ha-1 de sementes da forrageira proporcionou melhor eficiência no uso da terra (23 %). Ademais, os tratamentos com consórcio promoveram maior extração de água do solo, especialmente nas fases de maior exigência hídrica do milho (e.g., florescimento e enchimento de grãos). Estes sistemas simulam a extração de água em maiores profundidades, quando comparados ao milho em cultivo solteiro.
PALAVRAS-CHAVE: Urochloa ruziziensis, integração lavoura-pecuária, densidade de semeadura.
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