Micropropagação de Physalis peruviana L.

Autores

  • Lilian Marcia Santana Mascarenhas UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
  • José Raniere Ferreira de Santana UEFS
  • Alone Lima Brito UEFS

Resumo

Physalis peruviana L. (Solanaceae) é uma frutífera herbácea, que vem se consolidando no mercado em virtude de suas potencialidades nutricionais e medicinais. As limitações à sua produção são o ciclo reprodutivo curto, o acometimento dos frutos por pragas e a carência de estudos, o que justifica a busca de estratégias para a sua propagação. Objetivou-se avaliar os efeitos de 6-benzilaminopurina (BAP) e explantes no potencial morfogênico de P. peruviana, bem como estabelecer um protocolo para a micropropagação da espécie via organogênese direta. Para avaliar a morfogênese, explantes (nó cotiledonar, cotilédone, folha, epicótilo, hipocótilo e raiz) foram inoculados em meio de cultura Murashige & Skoog com metade das concentrações salinas e suplementado com a citocinina BAP (0,00 µM; 2,22 µM; 4,44 µM; 6,66 µM; ou 8,88 µM), acrescido de 30 g L-1 de sacarose e 7 g L-1 de ágar. Visando à produção de brotos via direta, o explante nó cotiledonar foi submetido a 0,00 µM; 2,22 µM; 4,44 µM; 6,66 µM; 8,88 µM; 13,32 µM; 17,76 µM; ou 22,20 µM de BAP. Os brotos obtidos foram submetidos ao enraizamento em meios com e sem adição de carvão ativado e, posteriormente, transferidos para aclimatização. Verificou-se que o nó cotiledonar e a folha foram as fontes de explantes mais eficientes para a regeneração dos brotos via organogênese direta e indireta, respectivamente. Os resultados mais significativos para a produção de brotos via direta foram obtidos com 12,50 µM de BAP. Estes brotos foram enraizados in vitro em meio isento de carvão, e as microplantas aclimatizadas em terra vegetal alcançaram 100 % de sobrevivência aos 90 dias da aclimatização.

PALAVRAS-CHAVE: Organogênese, 6-benzilaminopurina, cultura de tecidos.

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Biografia do Autor

Lilian Marcia Santana Mascarenhas, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências- Biologia pela Universidade do Estado da Bahia (2008); especialista em Gestão Ambiental em Municípios pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná-pólo Mata de São João-Bahia (2009) e mestrado em Recursos Genéticos Vegetais pela Universidade Estadual de Feira de Santana ( 2018).

José Raniere Ferreira de Santana, UEFS

José Raniere Ferreira de Santana possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Bahia (1992), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal da Bahia (1995) e doutorado em Agronomia, área de concentração Fisiologia Vegetal, pela Universidade Federal de Lavras (2003). Atualmente é professor Pleno (Titular) da Universidade Estadual de Feira de Santana - Ba (UEFS); é membro do colegiado do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos da UEFS; é líder de grupo de pesquisa no CNPQ - Fisiologia de Plantas do Semiárido. Atua na área de Fisiologia Vegetal com ênfase em cultura de tecidos vegetais e biotecnologia.

 

Alone Lima Brito, UEFS

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) (1998), mestrado (2002) e doutorado (2009) em Botânica pela mesma instituição. Atualmente é Professora Adjunta e Coordenadora do Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais da Universidade Estadual de Feira de Santana. Têm experiência na área de Botânica, com ênfase em Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: Biotecnologia Vegetal, Cultura de Tecidos Vegetais, Conservação in vitro e Comunicação Científica.

  

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Publicado

03-06-2019

Como Citar

MASCARENHAS, L. M. S.; SANTANA, J. R. F. de; BRITO, A. L. Micropropagação de Physalis peruviana L. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 49, p. e55603, 2019. Disponível em: https://revistas.ufg.br/pat/article/view/55603. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigo Científico