Micropropagação de Guadua chacoensis (Rojas) Londoño & P. M. Peterson
Resumo
A cadeia produtiva de bambu, no Brasil, ainda é incipiente, e tem baixa oferta de mudas devido aos métodos convencionais de propagação. Objetivou-se, aqui, estabelecer um protocolo de micropropagação para Guadua chacoensis. Explantes de matrizes cultivadas em ambiente controlado resultaram em menor contaminação, relativamente aos de plantas cultivadas em campo. A contaminação foi ainda mais reduzida quando se adicionaram 2 mL L-1 de Plant Preservative Mixture (PPMTM) ao meio de cultura, resultando em maior taxa de estabelecimento. As culturas foram multiplicadas por meio de segmentos nodais de plantas in vitro ou por divisão de touceiras em concentrações crescentes (0 µM, 10 µM, 20 µM, 30 µM ou 40 µM) de 6-Benzilaminopurina (BAP). O número de brotações aumentou com o incremento na concentração de BAP; porém, isto reduziu a taxa de enraizamento e o comprimento de raízes. Plantas aclimatizadas sob 0 %, 35 % ou 65 % de sombreamento apresentaram rendimento quântico máximo do fotossistema II (Fv/Fm) dinâmico, o qual diminuiu nos primeiros sete dias após a transferência para condições ex vitro e, em seguida, aumentou até atingir valores estáveis de 0,775, aos 17 dias. Além disso, o sombreamento aumentou as taxas de sobrevivência das plantas, em comparação ao tratamento sem sombreamento, o qual apresentou sintomas de fotoinibição e fotodano.
PALAVRAS-CHAVE: Estabelecimento in vitro de bambu, protocolo de micropropagação, fluorescência da clorofila.
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