Efeito da temperatura de armazenamento na conservação pós-colheita de amora-preta
Palavras-chave:
Rubus fruticosus, Cladosporium spp., Colletotrichum spp., podridão pós-colheita.Resumo
Os frutos da amoreira-preta apresentam vida útil relativamente curta, devido à sua estrutura frágil, alto metabolismo e ocorrência de doenças, exigindo, portanto, cuidados em seu armazenamento. Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes temperaturas na conservação de amora-preta (cv. Brazos), caracterizando os atributos físico-químicos e quantificando os patógenos causadores de podridões. Utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial (temperaturas x pomares), com três repetições de 10 frutos por tratamento. As temperaturas de 2 ºC e 5 ºC foram eficientes em retardar a mudança de coloração e a degradação dos ácidos orgânicos. Observou-se aumento significativo na incidência de podridões com o aumento da temperatura de armazenamento. Incidências inferiores a 7 % foram observadas ao final do armazenamento a 2 ºC e 5 ºC, mas superaram 20 % em temperaturas a partir de 15 ºC. Os principais pátogenos detectados foram Cladosporium spp. e Colletotrichum spp. A refrigeração a 2 ºC e 5 ºC constitui eficiente alternativa para manter a qualidade dos frutos de amora-preta por até nove dias, por retardar o amadurecimento e o desenvolvimento de podridões.
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