Contribuição da polinização entomófila para a produção de frutos de aceroleira

Autores

  • José Eduardo Martins de Oliveira Universidade Estadual Paulista (Unesp), Câmpus de Dracena, Dracena, SP, Brasil.
  • Daniel Nicodemo Universidade Estadual Paulista (Unesp), Câmpus de Dracena, Dracena, SP, Brasil.
  • Favízia Freitas de Oliveira Universidade Federal da Bahia (UFBA), Instituto de Biologia, Salvador, BA, Brasil.

Palavras-chave:

Malpighia emarginata DC. Malpighiaceae, frutificação, polinização.

Resumo

A produção de acerola pode aumentar consideravelmente, quando suas flores são visitadas por abelhas. Este estudo objetivou determinar o grau de dependência da aceroleira cultivar Olivier, em relação à polinização entomófila, bem como conhecer seus polinizadores potenciais, por meio de análise das características florais e do comportamento da entomofauna visitante. Os insetos mais frequentes foram: Centris (Centris) varia (43,9 %), Centris (Centris) decolorata (17,4 %), Centris (Centris) flavifrons (15,6 %), Epicharis (Epicharana) flava (7,6 %), Centris (Centris) nitens (5,9 %), Centris (Hemisiella) tarsata (4,9 %), Tetragonisca angustula (2,5 %) e Trigona spinipes (2,3 %). Foi observado que as abelhas dos gêneros Centris e Epicharis coletaram óleo, enquanto as T. angustula coletaram pólen e as T. spinipes cortaram as flores. A frutificação foi maior quando as flores estavam abertas à polinização (27 % de frutos gerados), seguida de polinização manual cruzada (11 %) e polinização restrita (1 %). Não houve formação de frutos por meio de autopolinização. A cultivar Oliver demonstrou alta dependência da polinização entomófila, sendo que abelhas Centris e E. flava podem realizar tal serviço eficientemente.

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Biografia do Autor

José Eduardo Martins de Oliveira, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Câmpus de Dracena, Dracena, SP, Brasil.

Curso de Zootecnia, Insetos Úteis

Daniel Nicodemo, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Câmpus de Dracena, Dracena, SP, Brasil.

Zootecnista graduado pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias / UNESP (2003), concluiu o mestrado em 2005 e o doutorado em 2008, pela mesma instituição. É Professor Assistente da UNESP, Câmpus de Dracena, desde 2010. Tem experiência na área de Ecologia dos animais domésticos e Insetos úteis, principalmente no uso de insetos na polinização de culturas agrícolas e, manejo e nutrição de abelhas e bicho-da-seda.

Favízia Freitas de Oliveira, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Instituto de Biologia, Salvador, BA, Brasil.

A pesquisadora Dra. Favízia Freitas de Oliveira é Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Bahia, 1998) e doutorada em Ciências Biológicas (Área de Concentração em Entomologia), pela Universidade Federal do Paraná (2003), com estagio doutoral (Doutorado Sanduíche, bolsista da CAPES) na The University of Kansas (KU, Lawrence, Kansas, USA) (2001). Realizou estágio de Pós-Doutoramento na Universidade de São Paulo (2004-2005), trabalhando a Utilização de Técnicas em Biologia Molecular como Ferramenta auxiliar à Taxonomia, sob a orientação da Profa. Dra. Maria Cristina Arias (Departamento de Biologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo) e do Dr. Walter Steven Sheppard (Washington State University). Atualmente é professora (Adjunto I) e pesquisadora do Departamento de Zoologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Desde 1999, quando ingressou na Universidade Federal do Paraná para seu Mestrado e posterior Doutoramento, tem sido parceira do Dr. Jesus Santiago Moure (nosso querido Pe. Moure) e da Dra. Danúncia Urban (seus orientadores no Mestrado e Doutorado), compartilhando com o Pe. Moure um interesse especial pelas abelhas sem ferrão (Meliponinae, Apidae). Atualmente exerce a Coordenação do Museu de Zoologia da UFBA (MZUFBA) e a Curadoria da Coleção de Hymenoptera e Coleoptera do referido Museu, sendo também a coordenadora da Rede Baiana de Polinizadores (REPOL), e fazendo parte de seu comitê executivo. Suas pesquisas estão centradas, principalmente, nos estudos da Sistemática, Taxonomia e Bionomia dos Hexapoda Terrestres, com ênfase nas abelhas (Hymenoptera, Apiformes) e nos Insetos de Interesse Forense, com especial interesse nas relações entre abelhas e flores em ecossistemas naturais e agroecossitemas. Com sua carreira ainda recente, publicou artigos em periódicos especializados, iniciando a orientação de trabalhos relacionados a essa temática, tendo participado de projetos de pesquisa voltados para a conservação e manejo de polinizadores, apoiados pelo PROBIO/MMA e FAPESB. Desde 2001 mantém parceria com os Drs. Michael S. Engel e Charles D. Michener, ambos da KU e seus orientadores durante o estágio doutoral nos USA, com quem tem publicado trabalhos em colaboração desde então. Desde 2003 mantém colaboração com o Dr. Peter Kevan do Departamento de Biologia Ambiental da Universidade de Guelph, Canadá, através de sua participação como professora colaboradora nos cursos de campo sobre Biologia e Ecologia da Polinização, ministrados pelo Dr Kevan, trabalhando a taxonomia dos insetos polinizadores. Tem experiência na área de Zoologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Sistemática de Arthropoda, Sistemática de Hymenoptera (com ênfase em Apoidea), Taxonomia de Apoidea (Abelhas), Taxonomia de Hexapoda, Bionomia de Hexapoda, Sistemática e Taxonomia Meliponinae (Hymenoptera, Apidae), Conservação e Manejo de Polinizadores em Ecossistemas Naturais e Agroecossitemas, Biodiversidade de Insetos, Entomologia Forense.

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Publicado

06-03-2015

Como Citar

OLIVEIRA, J. E. M. de; NICODEMO, D.; OLIVEIRA, F. F. de. Contribuição da polinização entomófila para a produção de frutos de aceroleira. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 45, n. 1, p. 56–65, 2015. Disponível em: https://revistas.ufg.br/pat/article/view/29199. Acesso em: 28 dez. 2024.

Edição

Seção

Produção Vegetal