Calcário, gesso e efeito residual de fertilizantes na produção de biomassa e ciclagem de nutrientes de milheto

Autores

  • Adriano Stephan Nascente Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Arroz e Feijão), Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil.
  • Maria da Conceição Santana Carvalho Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Arroz e Feijão), Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil.

Palavras-chave:

Pennisetum glaucum (L.) R. Brown, Glycine max (L.) Merr, nutrição mineral, Cerrado.

Resumo

Plantas de cobertura podem proporcionar maior ciclagem de nutrientes. O trabalho objetivou determinar o efeito da aplicação anual de gesso e calcário à superfície do solo e de doses de fertilizantes à cultura anterior (soja), na produção de biomassa seca e no acúmulo de nutrientes por plantas de milheto cultivadas em sucessão, sob sistema plantio direto. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 4x4, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram da combinação de quatro tipos de condicionadores de solo (calcário, calcário + gesso, gesso e controle), parcelados em três partes (2 t ha-1 de calcário e 1,0 t ha-1 de gesso; 2 t ha-1 de calcário e 1,0 t ha-1 de gesso; e 1 t ha-1 de calcário e 0,5 t ha-1 de gesso), com quatro níveis de adubação com P (superfosfato simples e triplo) e K (cloreto de potássio) (0%, 50%, 100% e 150% da adubação recomendada), aplicados na semeadura da cultura anterior (soja). O calcário proporcionou incrementos na produção de biomassa seca e no acúmulo de nutrientes (N, P, K Ca, Mg e S), pelas plantas de milheto. O gesso não proporcionou alterações na produção de biomassa seca do milheto. A utilização de doses crescentes de fertilizantes na cultura anterior (soja) aumentou a produção de biomassa seca, concentração e acúmulo de nutrientes nas plantas de milheto. O emprego do milheto como planta de cobertura, na entressafra, utilizando o efeito residual do fertilizante aplicado à cultura de verão, proporcionou ciclagem de nutrientes que pode ser utilizada pela cultura em sucessão.

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Biografia do Autor

Adriano Stephan Nascente, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Arroz e Feijão), Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil.

Eng. Agrônomo, EA/UFG. M.Sc. UnB. Extensionista/ Pesquisador - Emater/ AgênciaRural/ Seagri 1993-2002. Pesquisador - Embrapa Arroz e Feijão 2002 - Atual. Doutorado pela Unesp Botucatu e University of Florida (sanduiche).

Maria da Conceição Santana Carvalho, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Arroz e Feijão), Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil.

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Bahia (1992), Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo (1994) e Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo (1999). Fez Pós-doutoramento no Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (2000 e 2001), trabalhando com dinâmica da matéria orgânica do solo. Desde outubro de 2001 é pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Algodão, Embrapa Arroz e Feijão). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Adubação, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo do solo, adubação e nutrição do algodoeiro, adubação em sistemas de produção, avaliação agronômica de novas tecnologias em fertilizantes, dinâmica de nutrientes em sistemas agrícolas, dinâmica da matéria orgânica em sistemas agrícolas e recuperação de pastagens. (

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Publicado

08-12-2014

Como Citar

NASCENTE, A. S.; CARVALHO, M. da C. S. Calcário, gesso e efeito residual de fertilizantes na produção de biomassa e ciclagem de nutrientes de milheto. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 44, n. 4, p. 370–380, 2014. Disponível em: https://revistas.ufg.br/pat/article/view/27597. Acesso em: 11 abr. 2025.

Edição

Seção

Produção Vegetal